Setor tem menor índice de violência em 5 anos

13 de setembro de 2018 às 0h05

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Estudo das entidades mostra que a maioria dos empresários destina até 5% do faturamento do negócio para o investimento na melhoria da segurança - Estudo das entidades mostra que a maioria dos empresários destina até 5% do faturamento do negócio para o investimento na melhoria da segurança - Filo Alves

A violência continua sendo um incômodo para comerciantes de Belo Horizonte, mas, na percepção daqueles que trabalham no ramo supermercadista, a segurança apresentou uma melhora. Nos últimos 12 meses, 32,4% desses estabelecimentos registraram algum tipo de violência. O índice é alto, mas é o menor desde 2013 e se encontra 22 pontos percentuais abaixo do registrado em igual período de 2017, quando chegou a 54,4%. Os números constam da Pesquisa de Vitimização do Setor Supermercadista, divulgada ontem pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG) e pelo Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de Belo Horizonte (Sincovaga-BH).

Analista de pesquisa da Fecomércio-MG, Elisa Castro informa que a redução do registro de crimes nos supermercados é atribuída aos investimentos particulares feitos pelos próprios comerciantes e também a ações da Polícia Militar.

O vice-presidente do Sincovaga-BH, José Luiz de Oliveira, afirma que realmente houve uma melhora na segurança, mas que os desafios ainda são grandes e muitas vezes estão ligados à impunidade dos crimes. A instalação de unidades móveis da Polícia Militar nos bairros da Capital, a partir do final de 2017, foi citada pelo Sincovaga-BH como uma medida positiva.

“A gente tem notado uma presença maior da polícia”, disse. Entre os empresários que relataram alguma ocorrência no estabelecimento, a grande maioria – 95,2% – acionou a polícia. Houve melhora em relação ao ano passado, quando esse índice foi de 90,8%.

De acordo com a pesquisa, a região do Barreiro (66,0%) e a região Norte (60,4%) foram as que registraram maior número de comércios alvos de criminosos. O menor índice é na Centro-Sul: 19,1%.

Oliveira ressalta que os comerciantes continuam investindo fortemente para evitar os problemas causados pela violência. Cálculos do Sincovaga-BH indicam que as perdas com roubos correspondem a aproximadamente 3% do faturamento.

A pesquisa indica que a maioria dos empresários – 71,1% – gasta até 5% do faturamento do negócio com segurança. A maior parte investe em circuito interno de TV (49,5%) e alarmes (24%).

Além disso, a insegurança tem feito os comerciantes mudarem suas rotinas. O levantamento aponta que 52,5% dos entrevistados informaram que alteraram algum processo para evitar a violência. A principal medida, tomada por 41% dos ouvidos, foi passar a guardar objetos de valor em outros locais, sendo que 33% mudaram o horário de funcionamento. Além disso, 12,4% reforçaram a segurança do estabelecimento.

Desafios – Indicando que a violência ainda é um desafio, a pesquisa mostra que, dos 32,4% estabelecimentos que registraram crimes nos últimos 12 meses, 68,3% foram alvo de assalto à mão armada a comerciários. Em seguida, aparecem os crimes de furtos à loja (15,2%) e assalto à mão armada a clientes (3,9%). Em 2017, o índice de assalto à mão armada a comerciários era menor, ficando em 54,9%.

Outro desafio está em relação aos comerciantes que se sentem seguros em trabalhar até mais tarde: apenas 20,9% dos empresários responderam positivamente a essa pergunta.

Capital – A pesquisa mede a percepção da violência dos comerciantes quanto à cidade como um todo, no bairro onde está seu estabelecimento e dentro de sua loja. Assim como aconteceu quanto à violência dentro do comércio, a incidência de crimes também registrou queda nos bairros, na avaliação dos entrevistados, passando de 53,6% em 2017, para 27,9% este ano. Porém, em relação a Belo Horizonte, o índice apresentou aumento, passando de 60,7% no ano passado, para 61,8% em 2018.

Apesar disso, a pesquisa mostrou que houve uma melhora na percepção da qualidade de vida em Belo Horizonte, com 70,3% dos entrevistados tendo avaliado positivamente a Capital. Houve uma alta de 14,4 pontos percentuais em relação ao ano passado, quando o índice ficou em 55,9%.

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