Startup lança plataforma para substituir as máquinas de cartão

29 de agosto de 2018 às 0h04

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Criadores do Pagatela lançaram a solução em março e esperam atingir 10 mil usuários ainda neste ano

Para facilitar os negócios de pequenos empreendedores, a startup mineira 1003 Apps, uma fábrica de aplicativos destinada a criar soluções para atender a outras startups, decidiu desenvolver como produto próprio o Pagatela, uma espécie de “maquinha de cartão” dentro do celular. Lançado no fim de março deste ano, o aplicativo já soma 2.000 downloads e deve chegar a marca dos 10 mil clientes até o fim deste ano. O investimento para a criação do sistema foi de R$ 100 mil.

Um dos criadores, Augusto Brighenti explica a ideia por trás do app. “O objetivo é fazer pagamentos por meio do celular sem precisar de hardware nenhum e alcançar um público onde as maquininhas não chegam hoje, pessoas que vendem manualmente, que não tem como carregar a máquina de cartão, pequenos empreendedores, autônomos, profissionais liberais, MEIs”’.

O público-alvo inclui ainda prestadores de serviços como psicólogos, dentistas, personal trainers, pintores, faxineiros, enfim, pessoas físicas ou jurídicas com transações que vão de R$ 5,00 a R$ 10 mil.

Para aderir, basta o empreendedor instalar o aplicativo no celular, colocar o valor do pagamento na hora de fazer a transação, definir o tipo de parcelamento no caso de crédito e escanear por meio da câmera do smartphone o cartão do cliente contendo as informações como o número e o nome. Já o código de segurança é digitado manualmente pelo consumidor ou pelo empreendedor. Caso o comprador não se sinta seguro em fazer a transação desta forma, também há a opção de ele receber um link enviado pelo vendedor para finalizar o pagamento, o que permite também as transações a distância.

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Brighenti lembra que não há necessidade de se pagar taxas mensais, valores iniciais ou referentes à manutenção, e que o aplicativo pode ser baixado gratuitamente em celulares com sistemas iOS e Android. A receita do negócio advém das próprias taxas por transação, que variam de 3,99% a 4,99% conforme a quantidade de parcelas escolhidas.

“Também estamos iniciando uma parceria com a Cateno [marca resultante de uma joint venture entre o Banco do Brasil e a Cielo] para fazer cartões pré-pagos por meio da Pagatela, para que o vendedor possa receber seus pagamentos por meio do cartão ao invés de uma conta, considerando que 54% dos brasileiros são desbancarizados, ou seja, não têm conta no banco”, adianta Brighenti.

Só no último mês, o número de usuários cadastrados aumentou cerca de 35% em razão de uma campanha de marketing intensiva da empresa, que contou com a ativação de um blog, propaganda digital e nos principais meios de comunicação e parcerias. A ideia é manter um crescimento mensal de 35% a 40% ao mês.
Os clientes da Pagatela são principalmente das regiões Sudeste, destacando-se Minas e São Paulo, e Nordeste.

Tecnologia – Para continuar trazendo novidades, a startup busca novos investidores. Os aprimoramentos constantes são feitos principalmente com o uso de inteligência artificial, como tem acontecido com o desenvolvimento de tecnologias para combater fraudes no aplicativo. Todas as transações, por exemplo, são criptografadas e os dados dos cartões não são armazenados para tornar o sistema mais seguro.

Dados do setor – Uma pesquisa da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) revela que só no ano passado as transações feitas com cartões de débito somaram R$ 508 bilhões no País e as de crédito, R$ 842,6 bilhões. Somadas, as transações de débito, crédito e de cartões pré-pagos totalizaram R$ 1,36 trilhão em 2017, um aumento de 12,6% em relação ao ano anterior.

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