“Abril Marrom” faz alerta para cegueira

21 de abril de 2020 às 0h09

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Crédito: Arquivo/ABr

São Paulo – Fundamental na rotina, a visão faz toda a diferença no dia a dia de quem conta com esse sentido. Por esse motivo, foi criado no Brasil o “Abril Marrom”, mês de alerta para divulgação da importância dos cuidados com os olhos. Neste mês também é comemorado o Dia Nacional do Braile (8), sistema tátil de escrita usado por pessoas cegas ou de baixa visão.

A data é o nascimento de José Álvares de Azevedo, professor cego que foi responsável por trazer, em 1850, o alfabeto Braille ao Brasil.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 6 milhões de pessoas têm algum tipo de deficiência visual. O médico oftalmologista Carlos Yamane explica que a cegueira pode ser reversível ou irreversível, portanto, muitos casos podem ser prevenidos ou tratados. As causas de cegueira reversível são: catarata, ceratocone e deslocamento de retina, mas desde que tratado com urgência.

Algumas não reversíveis são: glaucoma, degeneração macular avançada ou retinopatia diabética. “Cuidar da saúde como um todo, principalmente aqueles diabéticos, visitar regularmente o oftalmologista e cuidar bem dos olhos, evitando também uso de óculos não certificados são algumas medidas preventivas”, detalha Yamane.

O especialista alerta que os cuidados com os olhos devem iniciar desde a infância e em todas as fases da vida. É necessário monitorar sempre a saúde dos olhos, de acordo com o estilo de vida do indivíduo e profissão que atua na sua rotina. “Muitas das doenças oculares são silenciosas, não apresentando sintomas nas fases iniciais, portanto, o diagnóstico precoce previne a perda da visão. Recomendo a visita ao oftalmologista no mínimo uma vez ao ano”, completa Carlos Yamane.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), dentre as condições oculares comuns que podem comprometer a visão (incluindo cegueira) estão a Doença Macular Relacionada à Idade (DMRI), catarata, opacidade da córnea, retinopatia diabética, glaucoma, erros de refração e tracoma.

Em relação ao glaucoma, o relatório mais recente da OMS mostra que este ano serão 76 milhões de pessoas (entre 40 e 80 anos) com a doença. O número é bastante expressivo e reforça a necessidade de não descuidar, mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus.

Prevenção – Para contribuir com a conscientização, a Sociedade Brasileira de Glaucoma elaborou um material informativo com as principais orientações para portadores de glaucoma em tempos de Covid-19:

1. Lavar bem as mãos antes de instilar o(s) colírio(s);
2. Evitar sair de casa para comprar seus colírios ou qualquer medicação. Dê preferência ao serviço de entrega em domicílio das farmácias para não se expor desnecessariamente;
3. Seguir os horários estabelecidos pelo seu médico oftalmologista para aplicação das medicações;
4. A pressão intraocular (PIO) não costuma apresentar variações significativas em um curto espaço de tempo em pacientes em uso regular dos colírios. Sendo assim, não existe necessidade de pronto atendimento somente para medir a pressão ocular. Fique em casa;
5. Até o momento, não existem evidências de que os colírios utilizados para o tratamento do glaucoma possam influenciar na infecção pelo novo coronavírus;
6. Lembrando que tudo é muito novo, também não existem evidências até o momento de que as medicações utilizadas para o tratamento da infecção pelo coronavírus possam influenciar na evolução do glaucoma;
7. Manter o uso regular de todos os colírios que compõe o seu tratamento;
8. Cuidar bem da sua saúde em geral. O bom controle do diabetes, da pressão arterial, entre outros, é essencial neste momento.

Se surgir alguma dúvida sobre sintomas ou até mesmo sobre o seu próprio tratamento, consulte o seu médico oftalmologista. Para garantir o suporte aos pacientes em isolamento, o Conselho Federal de Medicina aperfeiçoou a eficiência dos serviços médicos prestados e, excepcionalmente nesse período de pandemia do Covid-19, os especialistas podem realizar o atendimento a distância. (ABr)

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