CDL-BH aciona MPT em defesa do comércio contra greve do metrô

Ameaça de paralisação ocorre em plena semana de Carnaval e pode afetar a economia de Belo Horizonte em período estratégico

13 de fevereiro de 2023 às 18h08

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Funcionamento do metrô é importante para garantir a circulação de foliões esperados pela PBH para o Carnaval | Crédito: CBTU

O anúncio de uma nova greve impulsionada pelos metroviários e que tem previsão de início já nesta terça-feira, dia 14, tem preocupado os comerciantes e shoppings de Belo Horizonte. A paralisação do transporte público pode impactar fortemente toda a cadeia de comércio e serviços não somente da área Central da capital mineira, mas também dos bairros que são servidos pelo metrô.

Para tentar viabilizar o impedimento da greve, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) direcionou ao procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho de Minas Gerais (MPT-MG), Arlélio de Carvalho Lage, um ofício de apoio jurídico.

O documento enviado ao órgão e ao qual o DIÁRIO DO COMÉRCIO teve acesso destaca que ” enquanto entidade representativa da classe empresarial lojista, a CDL-BH busca garantir o perfeito funcionamento e manutenção do setor de comércio e serviços. Para isso, a mobilidade urbana se apresenta como fator essencial, pois influi no fluxo de pessoas em circulação e na economia local”, apontando que, com a greve, haverá a redução da economia de Belo Horizonte e o impacto como fonte empregadora.

A entidade também defende, no pedido ao procurador, que a sociedade tem direito ao uso do transporte coletivo como soluções sociais, assim como o direito de ir e vir. O documento reforça que a população “não pode ficar ‘à mercê’ de condutas, ainda que fundadas em um pleito legítimo, que prejudiquem toda a coletividade”.

A decisão dos profissionais metroviários alerta sobre a suspensão de todos os serviços de funcionamento dos trens na semana do Carnaval de Belo Horizonte 2023. A cidade aguarda 5 milhões de pessoas pelas ruas, conforme espera a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH).

O MPT-MG foi procurado pela reportagem e informou que o ofício da CDL-BH foi recebido e protocolado para análise. Enquanto isso, a entidade representativa do comércio da Capital também enviou um ofício ao presidente do Sindicato dos Metroferroviários de Minas Gerais (Sindimetro-MG), Romeu José Machado Neto, pedindo reavaliação da paralisação do transporte público, lembrando que ambos os setores precisam operar em sinergia.

Entenda mais sobre a greve

Diante da eminente entrega da Companhia Brasileira de Trens Urbanos de Minas Gerais (CBTU-MG) para o setor privado, o Sindimetro teme a possível demissão em massa de 1,6 mil colaboradores que atuam no transporte público. De acordo com o sindicato, os trabalhadores votaram por dar início à paralisação das atividades laborais na semana passada. A definição foi de uma suspensão total dos serviços de atendimento à população a partir de 0h do dia 14 de fevereiro.

Segundo a entidade, a decisão pela greve é reflexo de tentativas sucessivas de respostas para a manutenção dos empregos dos funcionários. No entanto, sem retornos, a categoria manifesta pela garantia de manutenção dos postos de trabalho.

Ainda nesta terça-feira, ocorrerá uma assembleia às 18h, na Estação Central, no Hipercentro de Belo Horizonte. O encontro terá a presença de representantes da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra). Caso não tenha negociação, a greve deve se estender por prazo indeterminado, afetando todo o Carnaval da capital mineira.

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