Cenário afeta previsões para 2018

4 de julho de 2018 às 0h00

São Paulo – Os principais motivos que levaram a Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) a revisar para baixo a sua previsão de vendas de veículos novos em 2018 foram a falta de clareza no cenário para a eleição presidencial e os efeitos da greve dos caminhoneiros na atividade econômica e na confiança do empresário e do consumidor. A projeção de crescimento em 2018 caiu de 12,8% para 10%, em conta que considera os segmentos automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, informou a Fenabrave ontem, em coletiva de imprensa. Em abril, no entanto, a entidade havia elevado a estimativa de 11,8% para 15,2% (última previsão disponível até a manhã de ontem). Se a nova expectativa se confirmar, o setor vai vender 2,462 milhões de unidades. No ano passado, foram 2,239 milhões de unidades vendidas. Segundo a economista Tereza Fernandes, que trabalha na consultoria MB Associados e é responsável pelas projeções da Fenabrave, a greve, além de ter atrapalhado produção e vendas durante os dias em que as estradas ficaram bloqueadas, “tirou” a confiança dos empresários, que começavam a investir, e dos consumidores, que se assustam com os recorrentes boatos de uma nova paralisação. Além disso, a situação dos caminhoneiros ainda não está definida, disse a economista, que lembrou que o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), só deve decidir no fim de agosto sobre a legalidade da tabela que estabelece preços mínimos para o frete. Candidato reformista – No campo político, Tereza avaliou que, há quatro meses, havia a expectativa de que, hoje, um candidato “reformista” tivesse mais chance de vencer a eleição. No entanto, o cenário ainda é muito incerto. “O receio é a vitória de um candidato populista, seja à esquerda ou à direita, que não vai fazer o Brasil caminhar. Essa é a leitura do ponto de vista econômico”, afirmou. A revisão para baixo foi influenciada principalmente pelos veículos leves, cuja previsão de expansão caiu de 13% para 9,7%. A estimativa para os veículos pesados, por sua vez, subiu de 9% para 18,3%. (AE)

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