Comércio exterior: 2023 será momento decisivo

27 de dezembro de 2022 às 0h28

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Crédito: Divulgação Appa

O ano de 2022 apresentou inúmeros desafios para o comércio exterior. Se nos anos anteriores, nós tivemos graves impactos pela pandemia, este ano o conflito militar na Europa foi um dos grandes problemas enfrentados pelos negócios internacionais. O aumento da demanda, a necessidade de ampliar mercados e as crises ambientais e logísticas tornaram mais difíceis a ampliação da nossa participação no comércio exterior.

Porém, por mais que tenhamos desafios, existem motivos para comemorar. Em novembro, registramos um superávit de US$ 6,675 bilhões, com um total de US$ 28,164 bilhões em exportações e US$ 21,489 bilhões em importações. Com isso, a corrente comercial atingiu US$ 49,654 bilhões, segundo os dados do Ministério da Economia.

Esse resultado positivo foi registrado em um ano que historicamente apresenta dificuldades: o ano da eleição presidencial. Porém, a expectativa para o próximo ano é de mais desafios no horizonte. Um dos principais será demonstrar a importância da isenção de impostos para micro e pequenas empresas. E uma das preocupações do setor está com a possibilidade de, no novo governo, serem revistas reduções de impostos que foram de grande importância para os números da balança comercial.

A ideia é aumentar a arrecadação do Governo para que, desta forma, consiga se manter as propostas da PEC da Transição, que representa uma dívida de R$ 200 bilhões anuais por quatro anos. Porém, como sabemos, medidas dessa natureza têm um impacto negativo no médio e no longo prazo e isso põe em dúvidas projetos importantes, como é o caso do drawback para empresas menores. Tudo isso acaba diminuindo as possibilidades dos empresários brasileiros e atinge, principalmente, aqueles com menor faturamento.

Com um horizonte incerto, principalmente pela transição governamental, cabe-nos apenas a reflexão sobre esse ciclo que está se encerrando. Se, em 2022, tivemos pontos positivos, principalmente quando tratamos de isenções que fortalecem nossa economia, também tivemos impactos internacionais em nossa economia.

E, com o encerramento do ano, ainda não temos algumas respostas para conflitos que impactaram de maneira catastrófica a logística e o comércio entre os países. A Guerra na Ucrânia continua, tal como as tensões na Ásia. E, por mais que observemos um afrouxamento na política de Covid zero na China, ainda é cedo para comemorar.

O ano de 2023 será um momento decisivo. Principalmente quando observamos cada vez mais restrições aos produtos do Brasil. Assim, o desafio principal do próximo governo já está traçado: ampliar a política externa e mostrar a nossa capacidade econômica.

É necessário respeitar o agronegócio e, ao mesmo tempo, valorizar nossos avanços tecnológicos e de sustentabilidade. Desenvolver ainda mais setores da nossa economia, investir em refino e, em conclusão, ter responsabilidade econômica e fiscal para podermos voltar a ter um crescimento adequado ao tamanho e potencialidade do nosso País. Não podemos ter regressos, principalmente em relação a isenções estratégicas, e precisamos estar preparados para os novos desafios que se apresentam no horizonte.

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