Estados Unidos autoriza importação de carne bovina in natura do País
22 de fevereiro de 2020 às 0h04
Brasília/ Washington (EUA) – O Ministério da Agricultura informou, na sexta-feira (21), que o governo americano liberou a importação de carne bovina in natura do Brasil. A liberação foi anunciada ao governo brasileiro pelo Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) e pelo FSIS (Serviço de Inspeção e Inocuidade Alimentar).
“Uma notícia que esperávamos com ansiedade há algum tempo e que hoje eu tive a felicidade de receber. É uma ótima notícia, porque isso traz o reconhecimento da qualidade da carne brasileira por um mercado tão importante como o americano”, disse a ministra da Agricultura, Tereza Cristina.
Com isso, o Brasil pode, automaticamente, começar a enviar produtos de carne bovina in natura derivados de animais abatidos.
No comunicado encaminhado ao governo brasileiro, o FSIS disse que o Brasil corrigiu os problemas que levaram à suspensão.
Segundo o Ministério da Agricultura, o FSIS encerrará os casos pendentes de violação de pontos de entrada associado à suspensão de 2017.
Em novembro, a ministra Tereza Cristina viajou aos Estados Unidos (EUA), mas deixou o país sem conseguir definição de prazo ou procedimento para a reabertura do mercado para a carne bovina in natura brasileira.
Ela chegou a se reunir com o secretário do Departamento de Agricultura americano, Sonny Perdue, na ocasião, mas saiu sem respostas sobre quais seriam os próximos passos para que os EUA derrubassem o veto imposto à proteína brasileira desde 2017.
Na ocasião, a ministra disse que os americanos dariam um retorno “em breve” sobre as respostas enviadas pelo Brasil ao relatório que manteve as barreiras sobre a carne, mas que isso poderia acontecer “esse mês, no mês que vem ou até no ano que vem”.
Apesar de ter sido o prazo aparentemente mais longo, diplomatas afirmavam que não havia outra maneira além de esperar e continuar as articulações via embaixada do Brasil em Washington.
Entraves – Entre os quatro pontos apresentados pelos EUA como motivo para manter as barreiras, por exemplo, estavam problemas no processo de maturação e melhorias na coleta para testes microbiológicos. Uma das questões que mais incomodavam os americanos era o fato de as carnes que chegam do Brasil terem abcessos, causados pela vacinação contra a febre aftosa.
As autoridades brasileiras afirmavam que tinham respondido a todas as questões e aguardavam o desdobramento do governo americano. (Folhapress)