Florestas conservadas e plantio de árvores podem salvar o planeta

Livro de Cláudio M Castro defende tese

2 de dezembro de 2023 às 0h13

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“O mutirão das árvores: queremos sombra e água fresca” expõe as razões científicas para que as florestas sejam conservadas e replantadas | Crédito: Adobe Stock

O  livro “O mutirão das árvores: queremos sombra e água fresca”, de Cláudio Moura Castro, se dedica a convencer as pessoas para que elas pressionem governos e empresas sobre a urgência da conservação e recuperação das florestas. A obra chega às livrarias no formato físico no início de dezembro. Também será lançada a versão digital.

A publicação é parte dos esforços do Movimento Mutirão das Árvores – uma parceria entre a Fundação Pitágoras, o Governo do Estado do Espírito Santo e do projeto de extensão “Impactando Vidas”, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) – que tem entre seus objetivos plantar um bilhão de árvores em todos os biomas brasileiros, além de discutir estratégias e ações conjuntas para o desenvolvimento sustentável no País com a mobilização de todos os setores da sociedade.

“Nos últimos 10 anos tenho trabalhado com o Evandro Neiva, criador da Conspiração Mineira pela Educação. Ele começou a participar de um grupo que tem o objetivo de plantar um bilhão de árvores. Eu já havia trabalhado com o Luiz Norberto Pascoal, fundador da D’Pachoal. Uma iniciativa dele realizou o plantio de 20 milhões de árvores, o que gerou florestas nas suas propriedades. Achei que eles deveriam conversar. Foi dessa conversa que eles se juntaram e me encomendaram o livro com um objetivo claro: mostrar para as pessoas que elas podem pressionar as iniciativas pública e privada por uma maior proteção da natureza e, consequentemente, da humanidade”, explica Castro.

O livro expõe as razões científicas para que as florestas sejam conservadas e replantadas. Questões imediatas, como a escassez de água doce; e planetárias, como o aquecimento global e os eventos climáticos extremos, são demonstrados. A maior contribuição da obra, porém, está na proposição de uma solução que envolve os poderes a partir da participação da sociedade.

“As evidências científicas estão postas, mas precisamos, ainda, sensibilizar quem manda. Os políticos são, de toda forma, uma expressão da sociedade. Então, só vamos convencê-los se envolvermos os cidadãos. São os eleitores capazes de fazer pressão. Assim também com as empresas. Elas já estão sendo e devem ser cada vez mais pressionadas pelos consumidores”, destaca.

Crédito: Reprodução/Agência de Notícias da Indústria

Mais árvores e floresta de pé são opção de investimento lucrativo

Para a iniciativa privada, além do peso econômico vindo da decisão dos clientes, existe uma grande oportunidade de investimento em um mercado cuja demanda cresce no mundo.

Em 2022, o Valor da Produção Florestal brasileira atingiu o recorde de R$ 33,7 bilhões, com alta de 11,9% em relação a 2021, e produção em 4.884 municípios. O Valor de Produção da silvicultura (florestas plantadas) cresceu 14,9% e atingiu R$ 27,4 bilhões. Os dados fazem parte da pesquisa Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura 2022, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). 

A área de florestas plantadas cresceu 0,1%, somando 9,5 milhões de hectares, dos quais 77,3% são de eucalipto, usado principalmente na indústria de celulose.

O Valor Bruto da Produção Florestal (VBP) em Minas Gerais foi de aproximadamente R$ 7,6 bilhões em 2022, valor 4% acima do alcançado no ano anterior. Isso corresponde a 22,5% do VBP nacional dessas atividades no ano.

Ainda segundo o levantamento, Minas Gerais também possui a maior área de florestas plantadas do País, superando dois milhões de hectares; a cultura do eucalipto representa 97,4% dessa área. Além disso, dos dez municípios com as maiores áreas reflorestadas no Brasil, três são mineiros: João Pinheiro (5º lugar no ranking), Buritizeiro (6º) e Itamarandiba (8º).

“Uma das lições é mostrar ao empresário que reflorestar pode ser uma atividade lucrativa. E não é só colocando dinheiro, é facilitando o processo, trabalhando em rede, usando os próprios conhecimentos. O Brasil pode ser a maior potência de silvicultura do mundo, sem precisar cortar nenhuma árvore. Temos muitas áreas degradadas para serem reflorestadas”, afirma o escritor.

O lançamento de “O mutirão das árvores: queremos sombra e água fresca” será no dia 6 de dezembro, às 19 horas, na Livraria Leitura do BH Shopping (região Centro-Sul). Informações sobre a venda do livro podem ser encontradas no site da BEI Editora.

*Matéria atualizada às 04/12/2023, às 14:23h

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