Mardelle foca expansão da marca no interior de MG
12 de junho de 2019 às 0h04
A mineira Mardelle Lingerie, sediada em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), traça, segundo o sócio Marcus Vinícius Ferreira Gonçalves, estratégias para se fortalecer e voltar a expandir.
O estudo “Cadeia Global de Valor”, divulgado em 2018 pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), estima que o Brasil, nas últimas décadas, perdeu espaço no que se refere ao mercado internacional de produtos têxteis e de vestuário. Mesmo com essa queda, ainda é o quinto maior produtor têxtil do mundo, ficando atrás de gigantes como China, Índia, Estados Unidos e Paquistão. Também é o quarto maior produtor mundial em confecção, o que confere o grande potencial do País, principalmente com relação a algumas oportunidades de comércio, como jeans, moda praia, algodão orgânico e moda íntima (lingeries).
“A economia brasileira ainda está estagnada e os resultados que esperávamos não aconteceram nesse início de ano. Janeiro foi um mês muito bom, com cerca de 8% de crescimento em relação ao mesmo mês do ano passado, mas fevereiro e março acabaram puxando o ritmo pra baixo. O clima de insegurança ainda afasta tanto o consumidor como o investidor, no nosso caso, o candidato a franqueado”, explica Gonçalves.
Apesar das dificuldades, o empresário se prepara para o médio prazo e foca nas cidades médias, com mais de 100 mil habitantes do interior mineiro e depois do interior paulista. Atualmente, são 25 lojas da marca nas regiões Nordeste e Sudeste. Em Minas Gerais são cinco: Belo Horizonte, Montes Claros (Norte de Minas), Betim e Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH); além de Natal (RN); João Pessoa (PB); São Paulo e Santo André (SP) e São Luís (MA).
“Nos perguntam sobre internacionalização, mas ainda temos muitos espaços para ocupar no Brasil. Fizemos um caminho diferente do tradicional e crescemos rápido no Nordeste. Agora queremos chegar ao interior de Minas, como Ipatinga (Vale do Aço) e Divinópolis (Centro-Oeste), por exemplo. A partir disso, a próxima meta é o interior de São Paulo, que em muitos casos é mais próspero que a própria capital”, destaca o sócio da Mardelle Lingerie.
O investimento médio para abertura de uma unidade é de R$ 150 mil. O modelo se adapta às lojas de rua e de shopping center e oferece um mix completo com artigos de moda íntima feminina, masculina e infantil, incluindo calcinhas, soutiens, camisolas, pijamas, short doll, cuecas, e uma variedade de fantasias sensuais e roupas íntimas.
“Buscamos franqueados que, principalmente, gostem dos nossos produtos. Hoje, boa parte deles eram consumidores, que passaram a comprar no atacado e depois resolveram virar franqueados. É uma história de relacionamento com a marca. Pensando nisso, desenvolvemos estratégias como o programa + Mardelle. Damos bônus para clientes com tíquete médio maior, assim incentivando as compras coletivas e aquelas pessoas que ainda não tem coragem para fazer uma compra no atacado, mas quer levar as peças para revender na sua cidade, por exemplo. Essa ideia veio a partir de uma compra coletiva que funcionárias de uma grande empresa vizinha à nossa loja no Centro de Belo Horizonte fizeram. Elas pediram um desconto e eu dei. A partir daí conquistei as freguesas”, relembra o empresário.