Mentorias e orientações – O caminho, os impactos e os impactados

2 de julho de 2019 às 0h02

BRUNO AUGUSTO PFEILSTICKER*

Em ensaio anterior falei sobre o lançamento do programa de Indução do PUCTec. Temos estado junto a 40 startups, orientando-as no processo de robustecimento de seus negócios, ao longo das últimas 6 semanas. No dia 19 de junho, houve um primeiro recorte nas empresas, direcionando a um acompanhamento mais amiúde de 20 negócios, classificados para a próxima fase do programa.

Nosso acompanhamento tem sido feito de forma muito próxima a todas as empresas, por profissionais muito experientes, e não por agentes de aceleração. As jornadas dessas empresas têm sido muito ricas e certamente têm direcionado a avanços importantes em seus negócios. Acreditamos fortemente que a experiência anterior (na modelagem de grandes empresas e startups) tem sido fundamental neste processo. Além disso, o trabalho em parceria com a PUC e o WeWorkLabs tem sido enriquecedor para todos.

Gostaria de neste texto destacar alguns fatores que julgo fundamentais para obtenção de sucesso no processo de orientação de uma empresa neste perfil. O primeiro ponto é a compreensão da lógica do negócio orientado. É preciso compreender o problema atendido pelo mesmo, o tamanho, a relevância do mercado e, minimamente, o cenário competitivo. Depois disso é preciso que se compreenda a solução proposta e o quanto ela é diferencial frente ao mercado. É preciso compreender também as projeções para o negócio e os resultados possíveis para o mesmo. É preciso compreender os níveis de competências instaladas, bem como os gaps para a realização de uma visão estratégica. É preciso compreender a situação financeira do negócio e como ele vem sendo financiado. Essa compreensão é atingida a partir da aplicação da ferramenta dos cinco pilares, instrumento utilizado pela DMEP.

Um segundo ponto é a compreensão e a proximidade com as pessoas da empresa. É essencial construir uma relação de confiança com os orientados onde trocas bilaterais de conhecimento possam acontecer em doses intensas. Um terceiro ponto é a definição clara e acordada de pontos de melhoria a serem perseguidos pelo negócio. A definição de um rol de iniciativas prioritárias é fundamental neste processo. O item seguinte é a definição de uma rotina clara e formal de encontros, com objetivos definidos. A habilidade em identificar necessidades de conhecimentos específicos e a conexão estratégica e comercial com parceiros se faz também um ponto prioritário. Por último, mas não menos importante, vem a possibilidade de, a partir das experiências anteriores, identificar potenciais direcionamentos estratégicos/táticos que possam afetar o caminho de crescimento do negócio.

Por mais que o processo de mentoria e orientação possa trazer benefícios diretos às empresas mentoradas, é importante se destacar também o nível de satisfação que este processo gera aos orientadores e mentores. É muito boa a sensação de poder reconhecer a evolução dos negócios e, em sua essência, das pessoas que gerenciam estas empresas. Mesmo em tão curto espaço de tempo. É preciso manifestar a gratidão por termos a oportunidade de impactar as vidas de pessoas que, neste caminho do empreendedorismo e inovação, podem impactar significativamente a vida de milhões de pessoas.

*Sócio-diretor da DMEP

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