Mercado de trabalho chinês sofre pressão

23 de janeiro de 2019 às 0h04

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A taxa de desemprego na China subiu para 4,9% em dezembro, segundo dados oficiais - REUTERS/Stringer

Pequim – A pressão negativa da sobre a economia terá impacto no mercado de trabalho da China, alertou o planejador estatal ontem, um dia após dados mostrarem que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu em seu ritmo mais lento desde 1990.

O mercado de trabalho no geral está estável, apesar de enfrentar “novas mudanças”, disse Meng Wei, porta-voz da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma.

As exportações e importações encolheram inesperadamente no mês passado, enquanto a queda nas encomendas à indústria apontam para uma nova redução na atividade nos próximos meses e mais cortes de empregos.
A taxa de desemprego da China subiu para 4,9% no fim de dezembro, ante 4,8% no mês anterior, segundo dados oficiais divulgados na última segunda-feira.

Os dados também mostraram que a economia da China, no geral, desacelerou ainda mais no quarto trimestre, levando o crescimento de 2018 para seu nível mais baixo em quase três décadas.

“Do ponto de vista das ‘mudanças’, o ambiente externo é complexo e rigoroso”, disse Meng. “Dentro das mudanças, há algo com o que se preocupar, e há pressão negativa sobre a economia. Até certo ponto, a pressão será repassada para os empregos”, disse ela.

A China vai priorizar graduados e trabalhadores migrantes em seus esforços para estabilizar o mercado de trabalho, disse Meng a repórteres.
Em resposta a uma pergunta sobre os empregos no setor de internet, Meng disse que as novas contratações permaneceram estáveis, e nenhuma demissão em grande escala foi registrada por enquanto.

O setor de tecnologia da China enfrenta desafios em várias frentes, incluindo o aumento das regulamentações governamentais e a disputa comercial do país com os Estados Unidos.

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Aço – Os contratos futuros do vergalhão de aço na China caíram ontema, quebrando uma série de ganhos de três dias, em meio a sinais de que o crescimento imobiliário no país está diminuindo, limitando a demanda por itens de construção.

O crescimento imobiliário da China desacelerou para 2 por cento no quarto trimestre na comparação anual, ante 4,1%no trimestre imediatamente anterior, segundo dados do Departamento Nacional de Estatísticas, com medidas do governo para conter a especulação e a disparada dos preços diminuindo a demanda geral.

O dado segue-se à divulgação dos números do PIB na última segunda-feira, que mostraram que a economia chinesa no último trimestre cresceu na taxa mais lenta desde a crise financeira global.

Os preços de referência do vergalhão de aço em Xangai reduziram os ganhos iniciais e caíram 0,4% para 3.633 iuanes (US$ 533,97) a tonelada. Os futuros do minério de ferro na Bolsa de Dalian fecharam em queda de 1,3%, a 526 iuanes por tonelada.

“O processo de reabastecimento das siderúrgicas está em fase de conclusão, já que a maioria das usinas armazenou matéria-prima suficiente por mais de 20 dias”, disse um trader de minério de ferro de Pequim, prevendo menor demanda. (Reuters)

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