Oi acelera projeto para oferecer fibra óptica

15 de agosto de 2018 às 0h00

São Paulo – O grupo de telecomunicações em recuperação judicial Oi iniciou um projeto-piloto para acelerar a implantação de serviços de banda larga ultrarrápida aproveitando a infraestrutura de fibra óptica já instalada na companhia e reduzir a distância que a separa de rivais como Telefônica Brasil na área. O projeto da companhia foi implantado na cidade fluminense de Cabo Frio e oferece velocidades de conexão de 50, 100 e 200 megabits por segundo, afirmaram executivos da operadora durante teleconferência com analistas ontem. O objetivo é permitir que a infraestrutura de fibra óptica da companhia esteja disponível para contratação em 6 milhões de moradias até 2020. Segundo os executivos da empresa, os custos de implantação aproveitando a infraestrutura atual são 30% a 50% menores que métodos tradicionais de construção de rede. A companhia afirmou que, em oito semanas de implantação do piloto, o serviço de fibra “capturou quase 20% de participação de mercado na região onde o produto foi disponibilizado”. A Oi divulgou na noite da véspera que reduziu o prejuízo líquido do segundo trimestre para R$ 1,23 bilhão, uma queda de 70% sobre o resultado negativo de um ano antes. Durante a teleconferência, executivos da Oi, que tem parcerias com os provedores de equipamentos Huawei e Nokia, afirmaram que a expectativa da empresa é levar o serviço de fibra com a abordagem de “reúso de rede” para 19 cidades do País até o final deste ano. Como comparação, a Telefônica Brasil, que atua sob a marca Vivo, terminou o segundo trimestre com oferta de serviços de fibra óptica a residências em 98 cidades. No final do segundo trimestre, a base de clientes de banda larga fixa da Oi era de cerca de 5 milhões, uma queda de 3,3% sobre o mesmo período do ano passado. Já a Vivo tinha 7,5 milhões, praticamente estável sobre um ano antes, mas com a base de usuários de fibra óptica, serviço conhecido como FTTH, saltando 45%, a cerca de 1,6 milhão. Questionados sobre o processo de venda de ativos da operadora, executivos da Oi afirmaram que o foco da empresa segue sendo os ativos do grupo na África, oriundos da fracassada fusão com a antiga Portugal Telecom. Eles não informaram quando a empresa espera anunciar a venda desses ativos. Já sobre o endividamento, os executivos da Oi afirmaram que apesar da forte valorização do dólar contra moedas emergentes ocorrida nos últimos dias a companhia não vê necessidade “nesse momento” de tomar decisões de hedge cambial uma vez que a empresa tem carência de 5 anos nos principais instrumentos de dívida que têm conexão com o câmbio e não planeja pagamento de dividendos. A Oi terminou junho com dívida total de R$ 15,2 bilhões, dos quais R$ 8,1 bilhões são em moeda estrangeira.

Tags:
Facebook LinkedIn Twitter YouTube Instagram Telegram

Siga-nos nas redes sociais

Comentários

    Receba novidades no seu e-mail

    Ao preencher e enviar o formulário, você concorda com a nossa Política de Privacidade e Termos de Uso.

    Facebook LinkedIn Twitter YouTube Instagram Telegram

    Siga-nos nas redes sociais

    Fique por dentro!
    Cadastre-se e receba os nossos principais conteúdos por e-mail