Planejamento da Cemig foca investimentos de R$ 22 bi em MG

28 de setembro de 2021 às 0h26

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Crédito: Divulgação

Focar em Minas e vencer. Essa é a diretriz que rege formalmente a Cemig desde janeiro deste ano, quando a revisão do Planejamento Estratégico da Companhia foi aprovada pelo Conselho de Administração para o período 2021/25. É um plano ousado, transformador, voltado a servir ao povo mineiro, recuperando a missão e a capacidade da Cemig de ser indutora do desenvolvimento econômico e social do Estado. Um novo rumo em relação à história recente da companhia. 

De 2009 a 2018, a estratégia esteve focada na distribuição máxima de dividendos e em investimentos minoritários em ativos fora de Minas. Foram colocados em segundo plano os objetivos de eficiência operacional e de investimentos nas atividades tradicionais de distribuição, transmissão e geração em Minas. Nesse período, sempre em valores atualizados a dezembro/2020, a Cemig distribuiu R$ 26 bilhões em dividendos, uma média de R$ 2,6 bilhões ao ano, e investiu R$ 21 bilhões em participações acionárias minoritárias, a maior parte fora de Minas. Dividendos muito acima do mínimo obrigatório – em média 80% do lucro líquido ao ano – e investimentos com geração negativa de valor como Renova, Light, Santo Antônio e Belo Monte. Enquanto isso, o investimento direto na distribuição de energia apresentou média de apenas R$ 1,2 bilhão ao ano.

A consequência desses investimentos reduzidos foi o atraso no atendimento da carga do Estado: estima-se uma demanda atual não atendida em pedidos de conexão de energia na área de atuação da Cemig da ordem de 1,5 GW, próxima a 25% da carga total atendida pela empresa. Em simultâneo, as despesas operacionais sempre estiveram acima dos parâmetros regulatórios, num total de R$ 7,1 bilhões no período. Na geração, nesse período, houve a perda da concessão das usinas de São Simão, Jaguara e Miranda, que representavam 47,5% do parque gerador da companhia à época.

Se somados os dividendos acima da política da empresa, superiores a R$ 7,1 bilhões, a destruição de valor econômico dos investimentos em participações minoritárias, estimados em R$ 12 bilhões, e as despesas operacionais acima dos parâmetros regulatórios, de outros R$ 7,1 bilhões, chega-se à impressionante cifra de R$ 26,2 bilhões de saída extraordinária de caixa da Cemig no período 2009/18. Quantia que supera o atual valor corrente de mercado da empresa.

O presente planejamento estratégico visa corrigir essa trajetória, invertendo as prioridades para aumentar os investimentos nas atividades tradicionais de distribuição, transmissão e geração em Minas, aumentar a eficiência operacional e desinvestir das participações minoritárias em projetos fora do Estado, com distribuição de dividendos limitada à política definida pela companhia. Esse é o modelo que permitirá a maior geração de valor econômico para a Cemig e seus acionistas, garantindo a sustentabilidade de longo prazo da companhia. 

Os investimentos nos negócios tradicionais de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica em Minas deverão alcançar o total de R$ 22,5 bilhões no período 2021/25, uma média de R$ 4,5 bilhões/ano, um total superior a 300% em relação ao período 2009/18.

Na distribuição, um dos destaques é o recém-lançado programa Mais Energia, que proporcionará a construção de 200 novas subestações de energia elétrica até 2027, quase 50% de crescimento sobre as atuais 413 subestações. Com isso, haverá mais qualidade de fornecimento e capacidade de injeção e distribuição de energia, eliminando a carga não atendida até o final do programa. Já o programa Minas Trifásico prevê a conversão de cerca de 30.000 km de redes rurais monofásicas em trifásicas, com ênfase no interior do Estado, eliminando gargalos existentes e permitindo o florescimento do agronegócio, com maior disponibilidade de energia para irrigação, para modernização da produção de leite e para maior valor adicionado na produção de café, dentre outros.

Na geração, o foco são investimentos em energia renovável, notadamente energia fotovoltaica e eólica, com a construção de mais de 1 GW de potência, num total de investimentos superior a R$ 5,6 bilhões. Outras áreas prioritárias de investimentos são geração distribuída e gás natural, ambas com previsão superior a R$ 1 bilhão cada. 

Como decorrência destes investimentos, conforme cálculos realizados pela Fundação João Pinheiro, é prevista a criação de 150 mil novos empregos diretos e indiretos em Minas, o que impactará positivamente também a geração de renda no Estado. 

Por fim, as metas de eficiência operacional também são ambiciosas: as despesas operacionais alcançaram o patamar regulatório, estabelecido pela Aneel, pela primeira vez na história em 2020 e deverão ser 10% inferiores até 2025, ganho esperado de R$ 600 milhões. A política de dividendos preservará o caixa da companhia para financiamento dos investimentos, com distribuição de proventos limitada ao máximo de 50% do lucro líquido de cada exercício. 

Em suma, a Cemig foi criada por Juscelino Kubitschek em 1952 com o objetivo de servir a Minas Gerais. E o fez com excelência por muitos anos. Estamos recuperando essa ambição com um nível recorde de investimentos e de eficiência, com foco em Minas e, sobretudo, com o firme propósito de transformar vidas com a nossa energia. Essa é a vocação da Cemig.

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