Tarifa aérea doméstica recua 1,3%

11 de junho de 2019 às 0h03

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Crédito: Hannah McKay/Reuters

Brasília – A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou ontem que a tarifa aérea doméstica média registrou queda de 1,3% no primeiro trimestre de 2019, na comparação com mesmo período de 2018. Nos três primeiros meses do ano, o valor médio registrado foi R$ 371,76, contra R$ 376,50 apurados em mesmo período do ano anterior.

A Anac disse que, na comparação entre os períodos, foi registrado um aumento no preço pago em oito unidades da federação e queda em 19. O Rio de Janeiro apresentou o aumento mais expressivo, de 11,7%, e a redução mais significativa foi nos voos domésticos com origem ou destino no Espírito Santo, com uma queda de 18,6%.

“A menor tarifa aérea média doméstica real foi observada nos voos com origem ou destino no Espírito Santo (R$ 302,33, para uma distância média de 880 quilômetros, a segunda menor entre todas as unidades da Federação). A maior tarifa aérea média foi em Roraima (R$ 645,10, para uma distância média de 2.298 quilômetros, a maior entre as 27 unidades da Federação)”, disse a Anac.

Segundo a agência, de janeiro a março de 2019, 9,7% das passagens foram comercializadas com tarifas aéreas abaixo de R$ 100 e 53% abaixo de R$ 300. As passagens acima de R$ 1.500 representaram 1% do total.

No que diz respeito ao preço das passagens das companhias aéreas do País, a Anac disse que, no período, entre as principais empresas brasileiras, houve aumento da tarifa da Avianca, que subiu 9,2% no primeiro trimestre do ano, e da Latam, que registrou uma alta de 3,8% no valor médio da passagem vendida.

Já o valor médio dos bilhetes aéreos vendidos pela Gol caiu 3,9% no período e na Azul a queda foi de 1,8%.

Custos das empresas – A Anac fez ainda um balanço dos principais custos das empresas. O relatório mostra que, no primeiro trimestre de 2019, os indicadores atrelados aos custos mais significativos da indústria, como combustível e câmbio, seguiram tendência de alta em relação ao mesmo período de 2018.

“O querosene de aviação, que corresponde a cerca de 30% dos custos e despesas operacionais dos serviços de transporte aéreo prestados pelas empresas brasileiras, subiu 10,8% no primeiro trimestre de 2019 na comparação com igual período de 2018”, disse a agência.

Outro fator de custo do setor, a taxa de câmbio, também registrou aumento em relação ao mesmo período do ano passado. O câmbio apresentou alta de 16,2% na comparação entre o primeiro trimestre de 2018 e o mesmo período de 2019.

“A taxa de câmbio tem forte influência nos custos de combustível, arrendamento, manutenção e seguro de aeronaves, que, em conjunto, representam cerca de 50% das despesas dos serviços aéreos”.

Resultados – A Anac informou que as quatro principais empresas aéreas brasileiras (Latam, Gol, Azul e Avianca) tiveram um prejuízo acumulado de R$ 1,93 bilhão em 2018, correspondente a uma margem líquida negativa de -4,7%. Em 2017, o resultado líquido havia sido de R$ 411 milhões positivos, com margem líquida de 1,2%.

“No acumulado de 2018, apenas a Azul teve lucro líquido positivo, de R$ 170,2 milhões. Avianca, Gol e Latam, juntas, registraram prejuízo da ordem de R$ 2,1 bilhões. A Gol foi a empresa com maior prejuízo, com R$ 1,1 bilhão, seguida pela Avianca, com R$ 491,9 milhões, e pela Latam, com R$ 442,8 milhões”, informou a Anac. (ABr)

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