Vale afirma que não há elementos que apontem gatilho para ruptura de barragem em Barão de Cocais

17 de maio de 2019 às 0h02

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Crédito: Ricardo Moraes/Reuters

São Paulo – A Vale informou ontem que identificou movimentação no talude Norte, na cava da mina Gongo Soco, em Barão de Cocais, na região Central do Estado, mas ressaltou que não há elementos técnicos até o momento para se afirmar que o eventual escorregamento poderia ter como consequência o rompimento da barragem Sul Superior, nas proximidades.

Mais cedo, uma nota do Ministério Público de Minas Gerais indicou que a mineradora teria afirmado que haveria o risco de ruptura na cava, entre 19 e 25 de maio, e que o movimento poderia provocar ainda a ruptura da barragem. A nota do MP fez as ações da Vale caírem na B3.

No documento, a MPMG recomenda que a Vale comunique, por meio de carros de som, jornais e rádios, informações claras, completas e verídicas sobre a atual condição estrutural da Barragem Sul Superior, possíveis riscos, potenciais danos e impactos de eventual rompimento.

Além disso, requer que a empresa forneça imediatamente às pessoas eventualmente atingidas todo o apoio necessário.

“Cabe ressaltar que não há elementos técnicos até o momento para se afirmar que o eventual escorregamento do talude… desencadeará gatilho para a ruptura da Barragem Sul Superior”, disse a empresa em nota.

Mesmo assim, a Vale disse que “está reforçando o nível de alerta e prontidão para o caso extremo de rompimento”.

Nesta semana, a mineradora havia informado que suas equipes identificaram movimentação no talude Norte, na cava da mina, paralisada desde 2016. Na ocasião, informou que as autoridades competentes haviam sido envolvidas para também avaliarem a situação.

A barragem Sul Superior, que está há 1,5 km da área do talude, está em nível 3, o mais crítico para risco de rompimento, desde 22 de março, e a Zona de Autossalvamento já havia sido evacuada preventivamente em 8 de fevereiro. A estrutura tem volume de 6 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração, segundo a reguladora ANM.

A empresa já havia afirmado que todas as medidas preventivas para este cenário já foram tomadas, incluindo a realização de simulados de emergência com moradores da Zona de Segurança Secundária (ZSS).

Também em março, a Defesa Civil e a Vale equiparam a ZSS com sinalização das rotas de fuga. Foram implantados pontos de encontro que funcionam 24 horas com equipes preparadas para o pronto atendimento à população.

Balanço – Após o desastre em Brumadinho, a Vale anunciou um prejuízo líquido de US$ 1,64 bilhão no primeiro trimestre, contra lucro de US$ 1,59 bilhão no mesmo período de 2018. (Reuters)

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