Você se lembra da máquina de datilografia?

28 de agosto de 2018 às 0h01

“Estonteante a revolução ocorrida na área dos artefatos de comunicação!” (Antônio Luiz da Costa, educador)

Meia dúzia de sete ou oito rapazes e moças, mal saídos da adolescência, surpreendem-me à porta da tenda de trabalho com inesperada solicitação. Desejam ver de perto um artefato recolhido a armário, conservado como relíquia de tempo não lá tão distante assim. O artefato documenta momento frisante em minha história profissional e intelectual. Do que estou falando é de uma máquina de escrever manual “Olivetti” produzida nos anos 60. Antes, por conseguinte, da fabulosa revolução tecnológica que alterou por completo o instrumental de trabalho nas repartições e, muito mais do que isso, os hábitos e comportamentos na vida de todo mundo.

Os simpáticos representantes da “geração do computador” deixam estampado no semblante, fala e gestos certo espanto diante da peça vista pela primeira vez.

Confessam-se intrigados com a revelação de que, em tempos de antigamente ainda recentes de algum modo, a tal máquina de escrever desempenhava papel de preponderância fundamental na “engrenagem da comunicação” cotidiana. Quando lhes conto que naqueles idos o conhecimento da assim chamada “datilografia” era reconhecido, nas seções de recrutamento de pessoal, como imprescindível para o acesso a emprego e que os operadores de maior capacidade de toques por minuto desfrutavam da chance de ocupar cargos melhormente remunerados, ouço de alguns deles um “ooh” de admiração. A informação que também lhes passo de ter sido um brasileiro, sacerdote paraibano Francisco João Azevedo, o inventor da “máquina de escrever” deixa-os enlevados. E, ao mesmo tempo, chocados ao tomarem ciência do esbulho de que o mesmo foi vítima e que acabou por impedir se lhe fosse atribuída a paternidade da fabulosa invenção.

A simpática patota retorna dias depois trazendo outros colegas ao escritório deste desajeitado escriba para se inteirarem, com mais detalhes, da instigante história da invenção da máquina de escrever. O que transmiti, no animado bate-papo, está sendo relatado, a partir de hoje, neste sempre acolhedor espaço, frequentado assiduamente por reduzido, posto que leal, público leitor.

Cabe ressaltar que o assunto já foi aqui tratado, pratrazmente, bons anos atrás. Isso não retira, claro está, o significado histórico das revelações feitas. A repetição é um processo didático altamente eficaz. Constitui a melhor retórica, como dizia Napoleão Bonaparte. No caso em foco, a memória nacional aponta a conveniência de se relembrar, de quando em vez, a história desse padre brasileiro. Responsável por invenção que influiu nos destinos humanos, ele foi vítima inocente de uma “rapinagem” revoltante.

Os pormenores vão ser fornecidos adiante.

Vez do leitor. O empresário Roberto Fagundes comenta o artigo “Incidente ufológico em Brasília” (DC 5.7): “Salve Vanucci, acabo de ler o texto “Incidente ufológico em Brasília” e quero aqui dar um depoimento que sempre me reservei em fazê-lo. Neste mesmo ano 1960, tinha eu 15 anos e morava na Av. Barbacena, logo abaixo do Hospital Vera Cruz e a meio quarteirão do quartel do 12º RI. Estudava pela manhã e duas vezes por semana tinha aula de piano, em casa de uma professora amiga da família, que morava em frente ao 12º RI, a um quarteirão de minha casa. Um dia, ao sair da aula, minha professora me acompanhou até a porta e vimos, em cima do quartel, um objeto redondo, parecendo um pires invertido, imóvel e grande. Logo, se movimentou rapidamente no sentido do quartel da Polícia Militar, no Prado. Ficamos olhando aquilo assustados, quando a minha professora houve por bem me acompanhar até em casa, o que fizemos em desabalada carreira. Ao chegarmos, chamamos minha mãe e as duas empregadas, que ainda o viram retornando no céu, estacionando novamente em cima do Exército, quando de novo, com uma velocidade incrível, desapareceu. Pelos mesmos motivos do Dr. Paulo, nunca comentei este assunto, por crer que os possíveis ouvintes creditariam a imaginação infantojuvenil. Será que o visto por mim foi o mesmo que perambulou por Brasília?”

* Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)

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