17ª Festa Literária de Paraty homenageia Euclides da Cunha

11 de julho de 2019 às 0h03

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Crédito: Tomaz Silva/Agência Brasil

Rio de Janeiro – A 17ª Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) começou ontem e vai até o próximo domingo. O Programa Principal da Flip foi aberto, no Auditório da Matriz, com a mesa “Canudos”, que contou com a participação da crítica literária Walnice Nogueira Galvão, autora de mais de 40 livros, dos quais 12 são dedicados ao escritor Euclides da Cunha, grande homenageado do evento neste ano.

De acordo com os organizadores da Flip, haverá programações gratuitas por toda a cidade. O Programa Educativo, a Flip+, as Casas Parceiras e a Praça Aberta são alguns exemplos de atividades da festa com acesso livre para o público visitante e moradores do município. No Auditório da Praça, junto à Igreja Matriz, ocorrerão mesas literárias e shows musicais, também com entrada liberada.

Já para as mesas literárias do Programa Principal, que serão realizadas no Auditório da Matriz, o ingresso tem valor de R$ 55, com possibilidade de pagamento de meia-entrada. Todos os debates terão tradução simultânea e serão transmitidos para quem estiver na praça.

A 17ª Flip introduz o módulo artístico Terra Nova, que pretende traçar novas vivências na cidade de Paraty para moradores e visitantes, a partir da instalação No ar, concebida pela artista Laura Vinci, com a performance “Máquina do Mundo”, do núcleo de arte da Mundana Companhia de Teatro. Uma nuvem de vapor instalada na ponte, que é o principal acesso do público ao Centro Histórico de Paraty, leva a uma reflexão sobre a transformação dos estados da natureza, incentivando as pessoas a descobrirem novas configurações na névoa.

“O público da Flip vai experimentar atravessar esse vapor, essa neblina, no meio da cidade, e também poderá assistir a uma performance que encontra pontos de contato entre textos fundamentais da literatura brasileira e as formas plásticas”, destaca a curadora da festa, Fernanda Diamant.

Glauber Rocha – “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, de 1964, filmado por Glauber Rocha em Monte Santo, na Bahia, estabelece ligação com a obra “Os Sertões”, de Euclides da Cunha, escritor homenageado na 17ª Flip, ao traçar um retrato da violência e do autoritarismo característico do sertão brasileiro. A exibição está programada para hoje, às 22 horas, no Auditório da Praça. Marco do Cinema Novo, o filme será exibido na íntegra, com legendas em inglês.

A sessão de cinema será precedida de apresentação da cantora, cineasta e compositora Ava Rocha, em homenagem ao seu pai, Glauber Rocha, que completaria 80 anos em 2019.

Dentro ainda do Programa Principal, a Flip+ vai apresentar filmes clássicos de longa metragem brasileiros no Cinema da Praça que, segundo Fernanda Diamant, dialogam com “Os Sertões” e o universo criativo de Euclides da Cunha. Destaque para “Vidas Secas” (1963), de Nelson Pereira dos Santos; “Cabra Marcado para Morrer” (1984), de Eduardo Coutinho; “Árido Movie” (2005), de Lírio Ferreira; e “Tabu” (2012), de Miguel Gomes.

Entre os autores nacionais e estrangeiros que participam neste ano da Flip estão a compositora Adriana Calcanhoto; o líder indígena e ambientalista Ailton Krenak; a artista e dramaturga brasileira Grace Passô; a artista interdisciplinar portuguesa Grada Kilomba; o escritor angolano Kalaf Epalanga, membro da banda Buraka Sim Sistema; a escritora americana Kristen Roupenian; a fotógrafa inglesa naturalizada brasileira Maureen Bisilliat; a escritora canadense Sheila Heti. (ABr)

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