Ceduc VR trabalha para formar jovens aprendizes

21 de dezembro de 2021 às 0h30

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Crédito: EMELYN VASQUES

Direito garantido no âmbito do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a profissionalização de jovens passa por diversos atores da sociedade para se tornar realidade, principalmente para aqueles que enfrentam, no dia a dia, a vulnerabilidade social.

O Centro de Educação para o Trabalho Virgílio Resi (Ceduc VR) é uma das instituições que trabalha, em Belo Horizonte, na busca pela formação e inserção social e profissional de jovens aprendizes. Hoje, mais de 600 estudantes estão matriculados na unidade. Além da formação profissional teórica, eles atuam em empresas com trabalho prático, conforme previsões legais.

Recentemente, por meio de recursos do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (FMDCA), gerido pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Belo Horizonte, o Ceduc VR incentivou 50 jovens a protagonizarem uma exposição que retrata os direitos trazidos pelo ECA e as violações percebidas pelos participantes a partir de um audiovisual.

Intitulada “Vozes que Ecoam por Cidadania”, a exposição ganhou os espaços do Vão Livre do DIÁRIO DO COMÉRCIO, onde foi apresentada em cerimônia que reuniu, no último sábado (18), famílias dos jovens aprendizes e convidados.

Conforme conta a diretora do Ceduc VR, Elenice de Oliveira Matos, o projeto foi pensado com o objetivo de fomentar a cultura enquanto parte da formação profissional.

“Nós queremos ampliar a visão e o olhar cultural dos jovens, porque eles devem se apropriar dos espaços culturais das cidades e precisam entender que podem ser criadores de cultura. Por isso, a gente aliou o tema do estatuto para que eles conhecessem os seus direitos e, a partir disso, pudessem dar suas próprias visões sobre o ECA”, afirmou a diretora.

Para despertar esses sentidos, os jovens foram convidados a participar de oficinas sobre a fotografia e provocados, ainda, a olhar a arte para além da técnica.  “Eu procurei trazer a visão artística para a construção da imagem, com referências do cinema e da pintura. Porque isso muda a forma de ver e de passar um sentimento”, ressaltou a fotógrafa e publicitária Michelle Mulls, responsável por supervisionar a exposição.

Ainda segundo a diretora do Ceduc, a integração de propostas que trabalham atividades de arte e cultural são fundamentais para que os jovens descubram talentos e, até mesmo, habilidades para nichos do mercado de trabalho.

Exemplo disso é a jovem aprendiz Kamilly Victoria Fialho, de 15 anos, que participou das oficinas e da exposição. “Foi um aprendizado muito grande e me fez entender mais sobre a arte e que cada um tem o seu jeito de enxergar o mundo. E agora eu tenho conhecimento sobre o ECA também. Depois do projeto, pretendo fazer o curso de fotografia”, afirmou Kamilly.

Programa Descubra – Em meio à exposição, 15 alunos do Programa Descubra, formados no Ceduc VR receberam ontem os certificados de qualificação no curso de assistente de editor de mídia audiovisual.

Segundo a procuradora do trabalho e vice-coordenadora da Coordenadoria Nacional de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente do Ministério Público do Trabalho, Luciana Marques Coutinho, o Descubra é resultado de esforços de várias instituições do Estado para que jovens vítimas do trabalho infantil, em situação de acolhimento (quando o Estado tem a tutela) ou que cumprem medidas socioeducativas, possam ter a oportunidade garantida em lei de profissionalização.

“O programa olha justamente para aquelas pessoas que têm menos oportunidades. E nós sabemos que não é com portas fechadas que vamos alcançar uma sociedade justa e menos violenta. E é isso que o Descubra busca”, explicou a procuradora.

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