Centenário de Amilcar de Castro é celebrado

24 de setembro de 2020 às 0h10

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Crédito: Divulgação

Escultor, desenhista, gravador, design, diagramador e intelectual. A importância de Amilcar de Castro pode ser observada pelo imenso legado deixado nas artes plásticas brasileiras. Aluno de Alberto da Veiga Guignard, Amilcar consolidou seu nome no cenário artístico mundial com esculturas em material inoxidável e seus traços firmes e sintéticos sobre papel e tela. Em conjunto com Ferreira Gullar, Lygia Clark, Theon Spanúdis, Franz Weissmann, Lygia Pape e Reynaldo Jardim colaborou com o conceito e subscreveu o Manifesto Neoconcreto, que trouxe uma nova maneira de se pensar e fazer a arte a partir de 1959.

No centenário do nascimento de Amilcar de Castro, a Casa Polifônica – Galeria de Arte e Espaço Cultural (foto) presta homenagem ao múltiplo artista com a mostra “A dobra e a borda”, que estreia amanhã, às 19 horas, em live no canal do Youtube da galeria.

A exposição, que tem a curadoria assinada pelo artista visual Froiid, coloca em pauta discussões sobre percursos ontológicos relacionados às linguagens artísticas contemporâneas. Ao todo serão exibidos 41 trabalhos. “A mostra celebra os 100 anos de Amilcar de Castro e sua presença perene no mundo da arte. Por transitar entre o modernismo e a arte contemporânea, Amilcar é uma espécie de precursor, alguém que está por trás, direta ou indiretamente, do trabalho de artistas da atualidade”, explica Froiid.

Pluralidade – Mais que uma homenagem ao artista mineiro, nascido em Paraisópolis em 8 junho de 1920, a exibição busca a partir do diálogo com diversas linguagens estabelecer ligações da nova geração de artistas com o espaço urbano, as paisagens locais e a mutação de suportes e dispositivos nos fazeres artísticos. A concepção da exposição passa por um viés de pluralidade nos formatos e dispositivos utilizados para a elaboração dos projetos.

“Busquei artistas de diferentes linguagens para dar vazão à ampla gama de suportes a que Amilcar se dedicou. Veremos artes do vídeo, pinturas, esculturas oxidadas, formulações gráficas e desenhos. São obras que formam um imenso diagrama de proposições estéticas, inclusive relacionais. Mais do que trazer respostas, procuro questionar de quem e do que somos contemporâneos, e de que modo somos”, pontua o curador.

Em virtude da pandemia, a mostra será veiculada em um primeiro momento no ambiente virtual. Até 16 de outubro, a exposição só poderá ser apreciada através da live exibida diariamente, às 19 horas, no canal do Youtube da Casa Polifônica. A partir desse dia, o público também terá a opção de visitar a exposição no espaço físico da galeria.

“Esta será a primeira vez que a Casa Polifônica abrirá suas portas ao público. A visitação será realizada por meio de agendamento e respeitará todas as normas de distanciamento social e proteção individual. Apenas duas pessoas por vez poderão estar dentro do local. O tempo da visita será de duas horas”, explica Marcus Vinicius Borges, idealizador da Casa Polifônica.

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