Começa o Festival Mundial de Circo

16 de julho de 2021 às 0h15

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#DC Mais | Imagem: Pexels / Arte: Will Araújo

Respeitável público, o “circo está no ar!” A partir de hoje e até o próximo dia 25 será realizada a 20ª edição do Festival Mundial de Circo, pela primeira vez, no formato digital. A programação conta com 24 trabalhos de artistas originários do Brasil, Canadá, Espanha, França, Holanda e Uruguai – entre espetáculos e cenas circenses, além de diálogos em rede, exposição, oficinas e documentários. Na noite de abertura, hoje, a partir das 18h, estreia o espetáculo “Cine Circo – Noite enluarada entre Ruínas”, produzido pelo próprio festival, com direção virtual do catalão Cisco Aznar e participações de artistas brasileiros e uruguaios.

O público tem acesso gratuito a todas as atividades do festival pelo endereço www.festivalmundialdecirco.com.br. Os espetáculos ficam disponíveis na plataforma por tempo variado e para acessá-los basta entrar no ícone “bilheteria” e fazer um cadastro simples (e-mail e criação de uma senha). Para assistir as demais atrações o cadastro não é necessário.

“O circo é uma arte viva, cênica, do ali e agora, que historicamente sempre dependeu do público para acontecer. Depois de 19 anos realizando um festival com uma estrutura presencial – logística e grandes espaços que o circo exige -, a gente se vê com esse desafio nas mãos: fazer um evento que de fato possa alcançar as pessoas de forma online”, explica Fernanda Vidigal, idealizadora e coordenadora do Festival Mundial de Circo.

O primeiro passo para mergulhar no digital foi investir numa plataforma diferente. Em vez de um site comum, onde o público encontra informações sobre a programação, nesta edição, a proposta foi transportar a atmosfera mágica do circo para o ambiente virtual, dando, ao espectador, a sensação de ser remetido ‘para dentro do picadeiro’. “O circo está no ar. Já que estamos no ar, nas redes, vamos colocá-lo também suspenso, acima das nossas cabeças, para gente se lembrar que a arte estará sempre ali. É só esticar a mão e pegar ou ter acesso pela rede”, explica.

A estrutura da plataforma foi desenhada pelo diretor audiovisual e artista plástico Conrado Almada. Com alguns cliques, o espectador entra numa espécie de ‘cidade circense flutuante’, com lonas, balões e dirigíveis. Do conforto de casa, o público poderá navegar e vivenciar experiências em ambientes diversos: Lona Espetáculos (com espetáculos e cenas para o púbico adulto e infantil), cine-circo, globo da morte, ações formativas, exposição e documentários. “Por exemplo, você clica em Globo da Morte e experimenta a sensação de estar dentro daquela estrutura de metal circular, com motociclistas dando voltas completas. Acredito que mesmo no digital, a arte tem o poder de transformar o cotidiano e criar espaços de identificação com o público, de aconchego, emoção e alegria”, afirma Fernanda Vidigal.

Seleção – Neste ano, o festival recebeu cerca de 700 propostas, do Brasil e de várias partes do mundo. Foram selecionados 24 trabalhos, de média a curta duração – muitos deles criados em contexto de pandemia -, e que trazem um panorama da produção contemporânea circense brasileira e mundial, com diversidade de estética, estilo e técnicas da arte do circo, como o trapézio, o malabarismo, o tecido, o contorcionismo, o bambolê, a palhaçaria, o ilusionismo, entre outras. “Outro critério adotado foi a qualidade do trabalho apresentado. Não bastava ter o número circense gravado em vídeo. A proposta que se preocupou em considerar a linguagem audiovisual, teve prioridade na escolha”, explica.

O vídeo-circo “Noite enluarada entre Ruínas”, com direção de Cisco Aznar (Catalunha), faz estreia nacional abrindo a programação do evento, e cumprindo uma característica do Festival Mundial de Circo que, desde 2006, realiza a coprodução de produções em que artistas e diretores são convidados a trabalharem juntos em uma montagem inédita. Durante três semanas, com ajuda das plataformas digitais, o artista catalão Cisco Aznar dirigiu os palhaços brasileiros Rafael Protzner, Ciro Ítalo e Carol Cony (Brasil) e o grupo Coletivo Pulsa (Uruguai). O resultado desse trabalho poderá ser visto a partir de hoje. “O público pode esperar um cabaré povoado por palhaços celestiais, excêntricos e poetas loucos”, garante a coordenadora.

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