Documentário apresenta Circo Aloma

27 de março de 2021 às 0h15

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Crédito: Divulgação

Neste sábado (27), será comemorado o Dia Nacional do Circo, uma das mais antigas manifestações artísticas do mundo. Em Belo Horizonte, vive uma família guardiã dos saberes circenses desde o século 19 e que será tema de videodocumentário, a ser exibido na segunda-feira (29), nas redes sociais do Grupo Circo Aloma. “Sob o céu e a lona: 110 anos de tradição no picadeiro” conta a trajetória da família do paulista Mestre Max Borges Monteiro, neto da “Reina de Los Aires” Mercedes Corominas, trapezista e pioneira na aviação espanhola.

Com direção do fotógrafo Alexandre Rezende, direção artística de Affonso Monteiro/Grupo Circo Aloma e produção executiva de Zildo Flores, o vídeo entrelaça depoimentos do mestre e de seus familiares, com alguns números artísticos e movimentos circenses. O registro marca as comemorações dos 110 anos do primeiro circo da família no Brasil, além de chamar a atenção para a importância de se preservar a memória do circo tradicional.

Desde a criação do primeiro circo da família, em 1800, até os dias atuais, os Monteiros se dedicam ao oficio dessa arte milenar, preservando e transmitindo seus saberes de geração em geração. Quarta geração do palhaço “Xuxu”, Max tem nove filhos, 14 netos e sete bisnetos.

Em 2020, ele recebeu o “Prêmio Mestres da Cultura Popular de Belo Horizonte”. Há mais de 15 anos, Mestre Max e sua família se fixaram na capital mineira e passaram a atuar como grupo, devido às dificuldades para manterem sua itinerância com a lona e toda a estrutura necessária para a montagem do espetáculo. Desde então, residindo na região de Venda Nova, na Zona Norte da cidade, Max vem se apresentando como palhaço em eventos, festivais, praças, escolas, projetos artísticos, e ministrando oficinas, cursos e palestras circenses. Porém, com a pandemia, as apresentações foram suspensas.

Europa – Tudo começa no fim do século XIX, na Espanha, quando Mercedes Corominas, artista do Circo Calderón, deu início à tradição circense da Família Monteiro. Num trapézio acoplado a um balão de ar quente, Mercedes apresentava números de acrobacias aéreas em espetáculos de Balonismo, conhecidos como “Ascensões Aeroestáticas”.

Depois de percorrer vários países da Europa com seu número no balão, em excursão pela América do Sul, Mercedes e sua família, ao passarem pelo Brasil, decidem aqui se fixar. Em 1911, o português Francisco Pedro Monteiro, esposo da espanhola, criou em Campos dos Goytacazes (RJ), um circo de touradas e habilidades circenses.

Anos depois, com o falecimento de Mercedes, Francisco deixou o circo e foi morar na capital do Rio de Janeiro. Em 1925, Affonso Corominas Monteiro, filho mais novo de Mercedes e Francisco, não se adaptou à vida na cidade e, ainda adolescente, fugiu de casa para trabalhar como palhaço em circos de outras famílias circenses.

Pai de Max Borges, Affonso ganhou esse nome em homenagem ao Rei Afonso XIII da Espanha, por ter presenteado Mercedes Corominas com um balão para a realização de números de acrobacias aéreas. Affonso Monteiro, então, trabalhou em diversos circos até criar, nos anos de 1940, sua própria companhia o Circo Teatro Aloma.

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