Funed recorre ao artesanato para divulgação científica

30 de julho de 2019 às 0h03

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Crédito: Divulgação

Uma bola velha de futebol, rolinhos de papel higiênico, jaleco descartável e feltro. Com muita criatividade, nas mãos das servidoras da Fundação Ezequiel Dias (Funed), esses materiais são transformados em maquetes, réplicas de alimentos e de aranha que tornam lúdica a educação e a divulgação científica.

Quando a servidora do programa “Ciência em Movimento” Luzia Marta Dias desmontou uma árvore de Natal – que estava em frente ao galpão do programa – , viu que duas bolas juntas formavam o corpo de uma aranha. Não teve dúvidas: as bolas iriam se transformar em uma aranha gigante. Durante três meses, a servidora se dedicou para que a cópia fosse a mais próxima e biologicamente parecida com uma de verdade. Mesmo não sendo artesã, aprendeu com muita pesquisa, persistência e tentativas.

A primeira viagem da aranha foi em maio e ela foi para a cidade natal do pesquisador Ezequiel Dias, Macaé, no Estado do Rio de Janeiro, quando o “Ciência em Movimento” participou de uma homenagem ao pesquisador. Por ter sido a sua primeira viagem e em homenagem ao Ezequiel Dias, a equipe do Programa a batizou como Zequinha.

“As crianças gostam muito do Zequinha, inclusive, lá no Rio de Janeiro, uma criança sentou na cabeça da aranha porque achou que ela era linda demais. A cabeça afundou um pouco, mas nada que a gente não consiga resolver”, ressalta.

Por sua vez, a servidora Joana Darc, do “Ciência em Movimento”, viu que a atenção do público é maior se houver uma maquete na exposição, principalmente quando é preciso abordar temas mais complexos. A servidora conta que, em Bambuí, precisaram explicar a forma de transmissão da doença de chagas. Para isso, usaram uma maquete de uma casinha de pau a pique emprestada de um museu da cidade. “Foi um sucesso na exposição”, destaca.

O Serviço de Análise de Rotulagem da Diretoria do Instituto Otávio Magalhães (Diom) também aderiu ao artesanato em suas palestras de segurança alimentar e nutricional, que são realizadas para crianças de oito a 14 anos participantes do programa “Funed na Escola”.

A partir de agosto, o serviço irá usar réplicas de produtos como frutas, verduras, leite, biscoitos e ovos para ilustrar o conteúdo das palestras. 

“Com o material feito em feltro, além de ser lúdico, é mais fácil de transportar, leve, educativo e as pessoas podem manipular com facilidade”, explica a chefe do serviço, Valéria Regina Vieira.

As réplicas foram criadas pela servidora da Assessoria de Comunicação Social, Adriana Petrocchi, que também já fez uma maquete para o “Ciência em Movimento”. O trabalho mostra todo o ciclo de produção de soros da Funed, desde a etapa de desenvolvimento do medicamento, passando pelo processo industrial, até chegar ao cidadão.

Segundo Adriana, o uso do artesanato na divulgação científica e nas ações de educação estimula o lado criativo e lúdico das pessoas, pois “resgata um brincar, uma interação de forma diferente e, por ser mais tátil, estimula a criatividade”, explica.

O Programa Ciência em Movimento faz questão de usar produtos que a Funed iria descartar e que possam ser reaproveitados. Assim foi com as bolas infantis, o arame e o jornal que formam o corpo da aranha Zequinha. A casinha de pau a pique também foi feita com palitos de sorvete e com a base de madeira que seria descartada e ganhou um novo uso. A equipe já está preparando uma companheira para a Zequinha e, em breve, irá finalizar uma serpente produzida com rolos de papel higiênico e jaleco descartável. (Com informações da Agência Minas)

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