IEF vai combater incêndios florestais

28 de março de 2020 às 0h10

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Incêndio visto de longe na floresta amazônica no Estado do Amazonas Crédito: REUTERS/Bruno Kelly

O governo de Minas Gerais já se prepara para prevenir e dar respostas rápidas e eficientes à ocorrência de incêndios florestais em suas unidades de conservação, que incluem parques estaduais, reservas ecológicas, monumentos naturais, entre outros. Desde os primeiros dias de março, o Instituto Estadual de Florestas (IEF), por meio da equipe do Previncêndio, tem se reunido com representantes das Unidades Regionais de Florestas e Biodiversidade (URFBio) para alinhar procedimentos.

As medidas, como contratação temporária de brigadistas, aquisição de equipamentos de proteção individual, apoio aéreo e fornecimento de alimentação em atividades preventivas e de combate, serão adotadas no período crítico de incêndios.

Apesar do estado de calamidade pública decretado pelo Estado, por causa da pandemia do coronavírus, as atividades de prevenção e combate aos incêndios florestais continuam sendo executadas, pois são consideradas essenciais. De acordo com o diretor-geral do IEF, Antônio Malard, “o momento é de dificuldades e muitas mudanças. Mas toda a equipe está empenhada para que não ocorra qualquer prejuízo ao planejamento das atividades de prevenção e combate aos incêndios, fundamentais para as unidades de conservação do Estado”, afirma.

Além do IEF, integram a Força Tarefa Previncêndio a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), que coordena o grupo, o Corpo de Bombeiros e o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Os órgãos somam esforços entre julho e novembro, anualmente, para reduzir as ocorrências e os impactos dos incêndios florestais nas unidades de conservação estaduais.
As reuniões de alinhamento são feitas com as coordenações e gerências das unidades de conservação estaduais e técnicos do Previncêndio. O objetivo é prevenir e facilitar atividades de combate ao fogo no período crítico, principalmente entre agosto e outubro.

“Fazemos esse planejamento para evitar contratempos durante a temporada do fogo. Alinhamos os procedimentos porque, além de temos um cenário meteorológico incerto, precisamos estar bem preparados diante das ocorrências, que são, muitas vezes, simultâneas”, explica o gerente do Previncêndio, Rodrigo Belo Bueno.

Prevenção – O planejamento envolve ações preventivas, como cursos de formação, informações sobre o uso da radiocomunicação, emprego de brigadistas para inibir ocorrências e realização de aceiros. “Os aceiros são faixas ao longo das cercas e divisas onde a vegetação é retirada ou queimada para que não haja propagação do fogo, em caso de incêndios florestais. Essa técnica evita que uma área de vegetação que ainda não foi atingida, também seja queimada”, afirma Bueno.

A avaliação sobre os encontros de alinhamento tem sido positiva. Monitora ambiental no Monumento Natural Estadual Gruta Rei do Mato, Marilza Martins destaca o incentivo dado aos gestores para a busca de parcerias com a comunidade do entorno das unidades de conservação e com a iniciativa privada para o desenvolvimento de ações de prevenção.

Marilza também lembra que a gestão de recursos de modo racional faz com que haja aproveitamento durante todo o período. “Com tudo que foi passado é possível identificar as fragilidades e os pontos positivos das unidades”, diz. “Percebemos que os colaboradores fixos são os que mais ajudam nas ações diretas de combate aos incêndios e, por isso, somos orientados a aproveitar as capacitações para a reciclagem de monitores e agentes ambientais”, acrescenta.

O secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e coordenador da Força Tarefa Previncêndio, Germano Vieira, acredita que o alinhamento é importante para padronizar ações. O resultado, segundo ele, é a diminuição dos impactos nas unidades.

“Anualmente enfrentamos esse período, mas, com planejamento e responsabilidade, tentamos diminuir as consequências dos incêndios florestais à biodiversidade”, salienta.
As reuniões da Força Tarefa continuam nos próximos meses. Com a decretação do estado de calamidade pública, pelo governador Romeu Zema e a instituição do teletrabalho aos servidores do Estado, em prevenção ao Covid-19, algumas reuniões estão sendo realizadas por videoconferência. “A gente sempre trabalha para o pior cenário. Por isso, as ações não podem parar. Nós seguiremos com o alinhamento, disponibilizando arquivos e e-mails para troca de dúvidas”, complementa Bueno.

O Programa de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais, denominado Força Tarefa Previncêndio (FTP), foi criado em 2005, sendo reeditado em 2012, para desenvolver as atividades de prevenção e combate a incêndios florestais nas unidades de conservação sob responsabilidade do Estado; nas áreas de relevante interesse ecológico ou em áreas florestais que coloquem em risco a segurança das pessoas, o meio ambiente e o patrimônio da comunidade mineira.

Desde a sua criação, a FTP busca a ampliação da capacidade de resposta do grupo, por meio de recursos aéreos, reforçados pelos brigadistas contratados temporariamente e também por voluntários, que atuam nas unidades de conservação estaduais de Minas Gerais e unidades operacionais do Previncêndio – IEF. (As informações são da Agência Minas)

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