Indicadores de violência recuaram em Minas Gerais

16 de outubro de 2019 às 0h03

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Crédito Gil Leonardi/Imprensa MG

O número de roubos registrados pelas forças de Segurança em Minas Gerais recuou 30% entre janeiro e setembro, de acordo com dados divulgados ontem pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).

Os dados compreendem os índices de homicídio tentado e consumado, roubo, estupro e estupro de vulnerável tentado e consumado, sequestro e cárcere privado, extorsão mediante sequestro, além de furto, extorsão e lesão corporal em todos os 853 municípios do Estado.

De acordo com a Sejusp, chama a atenção a diminuição do número de roubos, que chega a quase 30%, com 17.349 registros de ocorrências a menos entre janeiro e setembro deste ano, frente ao mesmo período de 2018. Na prática, isso significa 48 roubos a menos no Estado por dia, nos nove primeiros meses de 2019.

“Vale ressaltar que as ocorrências envolvendo todos os alvos deste tipo de crime também estão em queda no estado, com destaque para a redução do número de roubo de veículos e de cargas”, informa.

A partir deste ano, também passaram a ser divulgados, pela Secretaria de Segurança, na internet, a estratificação dos tipos de roubos.

Indicador internacional de violência, o número de vítimas de homicídio também diminuiu 14,7% em Minas. Foram 1.963 vítimas, de janeiro a setembro de 2019, contra 2.302, no mesmo período do ano passado. No interior, 645 municípios – 75,6% do total – não registraram, mantiveram ou reduziram seus índices dessa modalidade criminosa.

Mais integração – Para a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), além da continuidade de medidas bem-sucedidas implantadas em gestões anteriores, como a disseminação de bases móveis e a política de priorização do policial na rua, com redução do quadro administrativo, a melhor integração dos órgãos de segurança pode explicar a queda nas estatísticas.

Na avaliação do secretário de Segurança e Justiça, general Mario Araujo, “há uma melhor integração e uma ação qualificada dos órgãos de segurança pública” – Polícia Militar, Polícia Civil, sistemas prisional e socioeducativo -, com o objetivo de inibir a reincidência criminal e realizar a efetiva custódia da população carcerária. “Estamos trabalhando para garantir menor influência do sistema prisional no ambiente extramuros”.

O comandante-geral da Polícia Militar de Minas Gerais, coronel Giovanne Gomes da Silva, também credita a histórica redução da criminalidade, principalmente em relação aos crimes violentos e homicídios, à integração dos órgãos de Segurança Pública, ressaltando ainda a atuação da Polícia Militar de forma mais ostensiva nas ruas das cidades mineiras.

“Por meio do Programa Minas Segura, a Polícia Militar estabeleceu uma política de maior visibilidade do aparato policial em todos os 853 municípios do Estado, realizando operações pontuais e, também, uma política onde as viaturas são postadas em locais e horários específicos, após uma eficiente análise criminal e com critérios científicos”, disse.

O comandante forneceu ainda números de produtividade da corporação. “A PM realizou, nos primeiros nove meses deste ano de 2019, o total de 1,6 mil operações policiais, 7,5 mil abordagens de veículos, 11.115 prisões de autores de crimes violentos e apreensão de 17.900 armas de fogo”.

Já o chefe da Polícia Civil de Minas Gerais, delegado-geral Wagner Pinto, avalia que a queda sustentável dos índices de criminalidade reflete o esforço concentrado das instituições de Segurança.

“A cooperação entre as forças de Segurança tem feito toda a diferença na redução dos índices de crimes violentos. No âmbito da Polícia Civil, destaco o trabalho qualificado de investigação que tem resultado nas várias operações de cumprimentos de mandados, retirando o criminoso da sociedade. Tudo isso é resultado de um esforço que busca a cooperação e integração”, ressaltou. (Agência Minas)

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