Palácio das Artes celebra meio século

13 de agosto de 2021 às 0h22

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Crédito: Paulo Lacerda / Divulgação

Emelyn Vasques

A arte desperta emoções únicas em cada pessoa. É por isso que a celebração dos 50 anos do Palácio das Artes é um convite para que o público possa rememorar a história do maior centro de formação, produção e difusão cultural de Minas Gerais a partir da ressignificação de suas próprias experiências.

A exposição, intitulada “Palácio das Artes: 50 anos em 5 atos”, será inaugurada ao público nesta sexta-feira (13), quando as cortinas da Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard serão abertas para a imersão dos visitantes à história de fomento à arte e à cultura construída ao longo das últimas décadas.

Idealizado por Juscelino Kubitschek, à época prefeito de Belo Horizonte, o Palácio das Artes foi inaugurado em 14 de março de 1971. Desde então, a casa é palco dos mais prestigiados espetáculos mundiais, como Ballet Bolshoi, Ballet Nacional da China e o Grupo Corpo, além de artistas brasileiros e internacionais consagrados por atuações na música e no teatro.

Segundo a diretora cultural da Fundação Clóvis Salgado, Luciana Salles, o Palácio das Artes se destaca por cumprir uma missão pública ao gerar conteúdo – seja por meio da formação de profissionais, ou seja, pelo próprio corpo artístico – e por ser receptor de arte e cultura externas.

“A arte e a cultura significam civilidade, elas estão na base das cidades porque também são responsáveis pela formação das identidades. Oferecer arte e cultura à população de Belo Horizonte e Minas Gerais é fortalecer o pensamento crítico das pessoas não só sobre a cultura, mas sobre a sociedade como um todo. É preciso lembrar também que a cultura tem potencial gerador de riquezas, principalmente ao formar profissionais para o setor”, afirma Luciana Salles.

Sons nostálgicos

O típico burburinho do público à espera do espetáculo, a preparação da orquestra e os aplausos dão o tom ao primeiro ato da exposição, principalmente, para o público que há algum tempo está afastado dos espetáculos devido ao fechamento de espaços culturais para o contingenciamento da Covid-19.

Com os sentidos aguçados, os visitantes revivem a história por meio de um mosaico de fotos e vídeos, transmitido em telas de 2,5 metros de altura.

As imagens que marcam o segundo ato mostram a construção do espaço na década de 1940, o incêndio que atingiu o Grande Teatro, em 1997, a reconstrução e outros momentos marcantes.

No terceiro ato, o público é transportado para espetáculos produzidos e apresentados pela Fundação Clóvis Salgado, sendo eles: “Entre o Céu e as Serras”, “Nabucco”, “Pipiripau”, “Madame Butterfly”, “A Viúva Alegre”. O momento é considerado pela organização a “apoteose” da exposição.

No quarto ato, os bastidores do Palácio das Artes são contados aos visitantes por meio de depoimentos sonoros. Nesse ponto da exposição, o público contempla o Parque Municipal Américo Renné Giannetti.

Ao final da exposição, no quinto ato, os visitantes conhecem figurinos de óperas, produções do Fundação e se deparam com uma instalação de objetos cênicos suspensos, revelados entre momentos de luz e sombra.

Segurança

Ainda segundo a diretora cultural da Fundação, Luciana Salles, os aspectos sanitários estão sendo cumpridos de forma rigorosa para que os visitantes tenham segurança ao visitar a exposição. “Nós estamos sendo muito cuidadosos. O limite de pessoas na Galeria é de 12 indivíduos e realizamos a medição da temperatura, além da disponibilização de tapetes sanitizantes e totens de álcool”, explica.

A exposição ficará aberta ao público de 13 de agosto a 14 de novembro de 2021, das 9h30 às 21h, de terça-feira a sábado, e das 17h às 21h aos domingos.

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