“Parques de BH” mostra a beleza das áreas verdes

30 de janeiro de 2021 às 0h15

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Crédito: Lilian Nunes

Os parques urbanos são locais de lazer e turismo. E, mais que isso, representam indicador de saúde ambiental e repercutem na qualidade de vida e na ocupação democrática e acessível do espaço público pela população. Belo Horizonte, outrora conhecida como “Cidade Jardim”, possui 38 milhões de metros quadrados de áreas verdes, sendo 14 milhões formados por espaços públicos municipais, constituídos de75 parques, 750 praças e jardins e 210 espaços livres de uso público.

Diante desse relevante cenário, a produtora Coreto Cultural realiza o projeto “Parques de BH”, viabilizado com recursos do edital Quatro Estações da Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur). A ideia consiste numa websérie para divulgar a beleza dos parques e ampliar o potencial turístico da capital mineira, com a divulgação da sua vocação para a natureza e o bem-estar. O roteiro e direção é de Lilian Nunes e Chico de Paula, que também assinam fotografia e montagem.

A estreia acontece neste sábado (30), tendo como cenário o Parque Municipal Jacques Cousteau, no bairro Betânia. Para tornar a experiência ainda mais agradável, o projeto conta com a participação da DJ e produtora cultura Black Josie, que será a mestre de cerimônias, guiando o espectador ao longo do passeio pelo parque, apresentando os entrevistados e personagens, que juntos contarão a história e hábitos do espaço. Os músicos Maurício Tizumba e Marcelo Dai são convidados a apresentarem, diretamente do parque, as canções Kianda, Bicho do Mato, Criação, Grande Uganda Muquiche, de autoria de Tizumba, e Desejo de Flor (Vander Lee) e Costura da Vida (Sérgio Pererê).

“Me considero privilegiado de integrar esse projeto que conta a história do Parque Jacques Cousteau, cenário de tantas histórias dos visitantes e pessoas que ali trabalham, sendo a sua própria história que é de transformação. Um local que de lixão se transformou nessa imensa área verde, com riacho, com uma riquíssima fauna e flora e ainda fornecedor de mudas para outros locais públicos da cidade.  Eu sou congadeiro e aprendi a tocar ao ar livre, local onde a música ressoa e alcança o coração de quem está aberto a ouvir. No parque, nossa música se mescla com o canto dos pássaros e é linda essa harmonia”, ressalta Mauricio Tizumba. 

Chico de Paula conta como foi desnudar o espaço através da lente de sua câmera. “Descobrir o parque através das pessoas que o frequentam, das histórias e afetos ali contidos, revela uma personalidade que é daquela natureza – completamente integrada com as pessoas que ali convivem. É tudo só um elemento: as pessoas, os bichos, as árvores, o vento… O Jacques Cousteau tem uma personalidade admirável, delicada e ímpar”, afirma Chico.

A bióloga e gerente de Parques do Barreiro e Oeste da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica, Edanise Reis, passou quase toda a sua vida profissional no Jacques Cousteau. Esse privilégio fez com que colecionasse histórias que encantam e emocionam. São jacarandás, paus-brasil, ipês e tantas outras espécies que ela ajudou a plantar e hoje contempla sob copas monumentais. Histórias de filhotes resgatados, cujos pais confiam em alimentar a prole diariamente nas mãos da gestora. Pessoas que visitam o parque pela primeira vez e comumente escolhem colaborar ao retornar. Crianças que crescem orgulhosas por terem uma árvore para visitar e cuidar por toda a vida. “São lições eternas: pla R$ 97,23 bilhões ntios de afeto, colheitas de respeito”, resume a gerente do parque.

Lilian Nunes, uma das idealizadoras da websérie e sócia do Coreto Cultural, ressalta a felicidade de estrear o projeto num espaço como o Jacques Cousteau. “Notamos que uma parcela muito pequena dos 75 parques da Capital é conhecida pela população. Nossa meta é viabilizar o registro e a divulgação de grande parte desses espaços, o que demanda ainda muito esforço de aprovação e captação”, ressalta.

História – O Parque Jacques Cousteau surgiu de uma gleba de terreno de 468.500m2 que, por 20 anos, foi um dos maiores lixões de Belo Horizonte. Em 1971, transformou-se no Parque Vila Betânia e, em 1976, quando já era conhecido como Horto Municipal, foi transformado em reserva biológica e principal viveiro de produção de mudas da capital mineira. O Jacques Cousteau abasteceu ruas, praças e parques de Belo Horizonte com espécies arbóreas e ornamentais.

 Fundado em 1991, o Jardim Botânico da cidade funcionou por nove anos dentro do Parque Jacques Cousteau, até a construção de sua sede própria, na região da Pampulha. Em 2001, o Jardim Botânico foi transferido para sua localização atual, dentro da área do Jardim Zoológico, onde está concentrada a produção de espécies de grande porte para atender às necessidades de Belo Horizonte. 

Hoje, com 335 mil metros quadrados, o Parque Jacques Cousteau conta com mais de 70 espécies arbustivas e ornamentais, além de ricos compostos orgânicos que contribuem tanto para a beleza do paisagismo quanto para a saúde dos pulmões.

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