Restauração da Igrejinha da Pampulha em fase final

17 de setembro de 2019 às 0h10

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Crédito: Lucas Nishimoto

Considerada um marco na história da arquitetura moderna brasileira, a Igreja São Francisco de Assis, popularmente conhecida como Igrejinha da Pampulha, prossegue recebendo minucioso trabalho de restauração, conduzido pela Construtora Tecnibras.

Primeiro trabalho da empresa em Minas Gerais, o cartão-postal da cidade está fechado desde junho do ano passado para execução das obras de reforma estruturais que estão sendo finalizadas.

O principal objetivo do restauro é a intervenção nas infiltrações do edifício e trabalhos gerais de manutenção, como a repintura da capela. Antes do início das obras, todos os elementos artísticos agregados ao projeto arquitetônico passaram pela vistoria de um especialista em restauro.

“O que não pôde ser retirado para a execução das atividades, foi protegido segundo as especificações dadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), e desde então passa por inspeções periódicas”, destaca Cláudio Pereira, engenheiro responsável pela obra.

Segundo Pereira, a equipe técnica da construtora agora concentra as atividades na aplicação das proteções para instalação do forro de madeira da nave central, pintura interna e início dos trabalhos para limpeza e recuperação do revestimento externo das pastilhas cerâmicas.

Já foram executados os serviços de impermeabilização das lajes, restauro das esquadrias, montagem de andaimes, além do lixamento e preparação de paredes para pintura. Neste período também foi realizado um trabalho especial para recuperar os passeios externos da calçada portuguesa.

A substituição do forro de madeira da nave central, danificado por conta dos vazamentos, foi o que demandou mais atenção no restauro da parte interna da capela. “O forro é formado por painéis de madeira, em que cada peça do painel tem medidas únicas e diferentes entre cada peça.

Tivemos que mapear todo o forro com a identificação de cada painel e elaborar um desenho com a localização de cada peça. Os painéis do forro antigo serviram de molde para a fabricação dos novos, para que o atual seja idêntico ao que foi retirado”, explica o engenheiro.

As obras fazem parte do acordo com a Unesco para restauração do Conjunto Moderno da Pampulha após a sua nomeação como Patrimônio Cultural da Humanidade. Para conduzir a restauração de um bem cultural tão importante, como a Igrejinha, foi realizado um minucioso estudo para garantir a preservação dos valores patrimoniais da capela.

“É necessário um projeto de restauro bem elaborado, uma planilha detalhada dos serviços a executar e uma intervenção atenta aos detalhes construtivos, para que, de modo algum, ocorra uma descaracterização do bem cultural e para que sejam mantidas as suas condições de autenticidade e fruição”, pontua Pereira.

No caso da Igrejinha da Pampulha, o maior desafio está sendo o surgimento de novos pontos de infiltração, além dos previstos em projeto. “Essa surpresa acarretou alterações e acréscimos de serviços, que geraram aditivos contratuais diversos”, comenta o engenheiro. Na parte externa da capela ainda serão executadas limpeza, rejunte e reposição das pastilhas desprendidas da casca, além da pintura e limpeza de granitos das fachadas. (Da Redação)

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