Trio Concertante sobe ao palco do Allegro Vivace
21 de outubro de 2020 às 0h09
Na segunda apresentação da série de recitais Allegro Vivace, sobe ao palco do auditório na Rede Mater Dei de Saúde, em 27 de outubro, o Trio Concertante. Nessa temporada, está prevista uma série de seis recitais, em formato inédito. As performances são transmitidas por plataformas virtuais. Na compilação para o recital, o trio traz compositores internacionais da esfera erudita e peças de música popular brasileira, alcançando um público diverso.
“A intenção é fomentar a cultura erudita para acesso de todos. As apresentações podem ser vistas por qualquer pessoa, de qualquer lugar do mundo”, diz a diretora artística e produtora do Allegro Vivace, Myrian Aubin.
O Trio Concertante é fruto da amizade entre três musicistas que se conheceram durante o período acadêmico e ingressaram juntos no universo orquestral. Integrado pelo oboísta Alexandre Barros, o clarinetista Ney Franco e a fagotista Raquel Carneiro, o grupo parte da formação tradicional do Trio de Palhetas, configuração que pressupõe a união entre os instrumentos orquestrais do naipe das madeiras, tocados com palhetas – oboé, clarineta e fagote.
A composição para Trio de Palhetas remonta a um dos primeiros modelos originados nos agrupamentos camerísticos das cortes do período clássico. Com o desenvolvimento acústico dos instrumentos nessa época, tais obras revelaram toda sua beleza, valorizada pelas peculiaridades timbrísticas e o virtuosismo característico desse tipo de formação, aclamada pela riqueza de repertórios inseridos na atividade camerística.
A exibição do Trio Concertante acontece a partir das 20h e será veiculada pelo canal no YouTube do evento (Recitais Allegro Vivace). Na página do Instagram (@recitaisallegrovivace), é possível acompanhar curiosidades sobre a música erudita e detalhes da programação.
História – O embrião dos recitais Allegro Vivace leva a 2010, quando o doutor José Salvador Silva, fundador da Rede Mater Dei de Saúde, resolveu adquirir um piano e teve o apoio de Myrian Aubin para uma nova empreitada. Um grupo de 10 pianistas começou a se apresentar, utilizando o instrumento para audições musicais todos os dias, pela manhã e à tarde, e assim teve início o trabalho de humanização pela música, iniciativa que tornou-se uma importante frente de atuação na Rede Mater Dei de Saúde.
Para os pacientes que sempre foram agraciados com os espetáculos, Myrian lembra sobre o quanto a música pode tranquilizar, serenar e tornar o ambiente agradável, contribuindo para a saúde e o bem-estar em meio a tratamentos muitas vezes angustiosos e conflitantes. “É um momento de respiração”, diz.
O que começou no âmbito interno da instituição de saúde, seria ampliado três anos depois, crescendo para além das portas do hospital. A partir de 2013, o evento tomou uma proporção maior e chegou ao público em geral. De lá para cá, todos os anos recebe musicistas do Brasil e do exterior, com formações variadas para a execução de músicas instrumentais. São solistas e artistas de música de câmara, que implica duos, trios, quartetos, quintetos e sextetos. Entre os instrumentos, já estiveram no palco do auditório do hospital exibições com acordeon, piano, violão, violino, violoncelo, fagote, oboé, contrabaixo, trombone, percussão, entre outros.
Um pilar do Allegro Vivace é a acessibilidade. Quando as apresentações eram presenciais, cartaz e programa também eram disponibilizados em braile, para atender aos deficientes visuais. Em 2020, as lives contam com áudio descrição.
O Allegro Vivace é viabilizado pela Lei Rouanet, com realização pela Secretaria Especial da Cultura, o Ministério do Turismo, e patrocinado pela Rede Mater Dei de Saúde e a BioHosp, empresa de produtos hospitalares que tem se dedicado cada vez mais à causa da música erudita.