VIVER EM VOZ ALTA | Hoje, na Assembleia

13 de dezembro de 2019 às 0h04

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CRÉDITO:ALISSON J. SILVA

ROGÉRIO FARIA TAVARES*

Prosseguem as comemorações do aniversário da Academia Mineira de Letras (AML), que se iniciaram com uma bela festa realizada no dia 11 de novembro, na sua sede da rua da Bahia. Com a presença do professor Marco Lucchesi, presidente da Academia Brasileira de Letras, um intelectual cosmopolita, sofisticado e de alta sensibilidade social, a solenidade contou com a apresentação de um recital de poesia, interpretado pelo Grupo Teatral Palavra Viva, que há tempos se dedica a unir o teatro à literatura. Em 21 de novembro, o acadêmico Dom Walmor Oliveira de Azevedo celebrou missa em ação de graças pelos cento e dez anos da Casa de Alphonsus de Guimaraens, honrando a todos com inesquecível homilia, em que mais uma vez ressaltou o compromisso da Igreja com um mundo mais fraterno, mais justo, mais solidário e menos desigual, sob a liderança do Papa Francisco, seguramente um dos melhores pontífices de sua história mais que milenar.

Hoje, às 10 horas da manhã, na Assembleia Legislativa, por iniciativa do deputado Doorgal Andrada, a Academia será de novo reverenciada, em sessão especial. Sinta-se o leitor dessa coluna convidado a comparecer ao Plenário Juscelino Kubitscheck para celebrar conosco a data, que não é trivial. O Brasil é um país ainda muito jovem e poucas são as instituições que já atingiram a marca das onze décadas, sobretudo no campo da cultura, em que a sobrevivência é difícil.

Muitas vezes menosprezada pelos governantes, a cultura, no entanto, é o solo a partir do qual as pessoas erguem as suas identidades, se movimentam pelo presente e projetam seus sonhos. Não há povo emancipado, forte, dono de seu destino, autor de suas escolhas, sem uma cultura autônoma, amparada na mais ampla liberdade. Além de tudo isso, a chamada ‘economia criativa’ ou ‘economia do conhecimento’ move, atualmente, extensa cadeia produtiva, gera emprego e renda, ativa o desenvolvimento econômico, atrai o turista, realiza a inclusão social. Esse é um fenômeno global, já bastante compreendido pelos países do primeiro mundo. Para nossa sorte, tal consciência tem se disseminado rapidamente pelo planeta, beneficiando, também, as populações que habitam as nações subdesenvolvidas.

A AML é uma agência de produção e de promoção cultural, sintonizada com os desafios de sua época. Ela não ficou parada no tempo, amedrontada, intimidada pelo progresso ou pelo avanço das novas tecnologias. Pelo contrário. Presente na internet e nas redes sociais (estamos no instagram, no facebook, no you tube…), ela procura entregar ao público produtos de valor, que sejam relevantes para a comunidade em que se insere. O mundo corporativo tem percebido rapidamente esse posicionamento. A prova disso é a ampliação do interesse empresarial pelas atividades desenvolvidas no âmbito da Academia. Só em 2019 fizemos mais de cem eventos literários, entre palestras, debates, fóruns de discussão, exposições… A mostra sobre a vida e a obra do dramaturgo João das Neves entrou para a história. Quem não quer associar sua marca às características mais evidentes de nossa instituição: reputação, credibilidade, longevidade, compromisso com a educação, a cultura, as artes e, sobretudo, com a diversidade?

* Jornalista e presidente da Academia Mineira de Letras

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