VIVER EM VOZ ALTA | Na Bienal Mineira do Livro

20 de maio de 2022 às 0h30

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Crédito: Pixabay

Uma das parceiras da Câmara Mineira do Livro e do Grupo Asas na Bienal Mineira do Livro de 2022, a Academia Mineira de Letras assumiu a curadoria do Café Literário do evento, uma oportunidade privilegiada de encontro entre autores e leitores. Atração diária, o Café tem levado ao BH Shopping, desde a sexta-feira passada, escritores de diferentes estilos e gerações, consciente da importância da diversidade de vozes como elemento que eleva e refina a produção literária e que ajuda a construir uma sociedade mais aberta e plural, menos preconceituosa.

 A série de entrevistas foi aberta pela mineira Carla Madeira, que assina três instigantes romances, todos muito bem-sucedidos: “Tudo é rio”, “A natureza da mordida” e “Véspera”, recentemente lançado pela Record. Ao longo da agradável conversa, Carla refletiu sobre alguns dos temas recorrentes em sua escrita, como a família, a religião e a sexualidade, desenvolvendo preciosas ideias, inclusive, sobre questões de gênero. A influência da psicanálise na criação dos seus textos também foi objeto de análise. Hábil na construção de personagens e na elaboração de tramas, Carla foi a escritora que mais vendeu livros no ano passado, comprovando seu imenso poder de comunicação com o público, que prestigiou em peso a presença dela na Bienal.

 No sábado, foi a vez de receber a carioca Nana Pauvolih, autora de vários livros de enorme êxito de vendas, como “Pecadora”, “Ferida” e “Duplamente ferida”, os três títulos lançados pela Editora Planeta. Diante de um auditório lotado, Nana contou um pouco de sua trajetória. Professora de história em escolas do Rio de Janeiro, ela começou a escrever ainda bem jovem, mas só teve coragem de publicar pela primeira vez muito tempo depois, em um site de autores independentes. A repercussão foi imediata. Por conta do incrível impacto de sua estreia na internet, ela conseguiu rapidamente uma editora interessada em seu trabalho. Hoje, soma mais de duas dezenas de volumes editados, muitos dos quais com os direitos já vendidos para a televisão e para o cinema. Há quem classifique a literatura de Nana como ‘erótica’, por conta das ‘cenas quentes’ e nada implícitas que ela inclui nos enredos que assina. Prefiro, no entanto, não dar ênfase a nada que categorize ou limite o que ela faz. Nana faz literatura. Por que aplicar à sua escrita rótulos que de nada servem?

 Nesta sexta-feira, dia 20, às 19h30, entrevistarei o professor Augusto Massi, da Universidade de São Paulo (USP), que organizou, pela Autêntica, “Os sabiás da crônica”. Estudioso do tema, Massi reuniu o melhor de autores como Vinícius de Moraes, Rubem Braga, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos, Carlinhos de Oliveira e Sérgio Porto (o Stanislaw Ponte Preta), em coletânea elegante e saborosa, que conquistou legiões de leitores Brasil afora.

 Amanhã, sábado, das 16 às 18 horas, será a vez de conversar com o excelente Carlos Marcelo, jornalista de primeira linha e romancista talentoso, autor de histórias envolventes, como “Presos no Paraíso”, que se passa na Ilha de Fernando de Noronha, e “Os planos”, ambientado em Brasília, cidade em que Carlos também passou parte de sua vida. 

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