Jovens mineiros estão alheios às recomendações de isolamento, aponta pesquisa

2 de março de 2021 às 19h26

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Crédito: Amanda Perobelli / Reuters

Comparados aos jovens de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná, os de Minas Gerais são os que mais continuam trabalhando normalmente em meio à pandemia, comparecendo fisicamente aos locais de ofício (62,9%, contra a média de 47,4%).

Também são os que menos vêm seguindo as recomendações de quarentena/isolamento social dos órgãos governamentais (10,8% de descumprimento, ante média de 7,2%).

É o que revela pesquisa nacional realizada pelo Espro (Ensino Social Profissionalizante), instituição filantrópica sem fins lucrativos, feita com 13.619 entrevistados de 18 Estados do país, mais o Distrito Federal.

O levantamento mediu diferentes aspectos da vida dos entrevistados em cinco momentos do ano passado, do início da pandemia (abril) até os primeiros anúncios concretos de vacinas contra a doença (novembro).

Entre os temas abordados estão informações e preocupações com a Covid-19, medidas de proteção utilizadas, bem-estar, emprego e estudos. Em Minas Gerais, foram recebidas mais de 1.680 respostas nas cinco ondas de pesquisa. O recorte comparativo entre MG, SP, RJ e PR é o da última onda da pesquisa, em novembro, com 240 respostas.

Na comparação entre os Estados que tiveram maior número de respondentes, a geração Z mineira é também a que mais relata estar sem estudar. Quase metade dos jovens mineiros está nessa situação (45,8%). Para efeitos de comparação, entre os jovens paranaenses, esse índice não chega a um terço (29,5%).

“A pesquisa mostra que o jovem mineiro está mais suscetível à doença que colegas de outros Estados devido à necessidade de estar fisicamente no estágio ou trabalho para ajudar na renda familiar. Isso também influi em seu tempo de estudo”, afirma Alessandro Saade, superintendente executivo do Espro, que em 41 anos de existência já encaminhou mais de 315 mil jovens aprendizes para o primeiro emprego.

Os jovens de Minas Gerais também são os que mais manifestam nível de preocupação muito alto com impactos da Covid-19 na economia (39,2%, contra a média de 34,7% dos outros Estados), além de relatarem, seguindo o que se verificou em âmbito nacional, níveis elevados de ansiedade (84,7%), cansaço (74,5%) e desânimo (80%) em virtude da pandemia.

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