Almagro diz que não deixará OEA até fim de ditadura no país

18 de setembro de 2018 às 0h01

Brasília – Após visitar Cúcuta (na fronteira entre a Colômbia e a Venezuela), o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), o uruguaio Luis Almagro, afirmou que não ficará em silêncio nem deixará a entidade internacional “até que a ditadura caia” na Venezuela.

A afirmação ocorreu dois dias depois de Almagro dizer que não descarta a hipótese de intervenção militar na Venezuela. O Brasil e demais países que formam o Grupo de Lima condenaram a alternativa.

“Eu não me calo nem saio, os líderes dos governos que queriam que eu ficasse quieto são cúmplices (do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro) e queriam que eu fosse embora, mas não farei isso até que a ditadura caia”, afirmou, no último domingo (16), Almagro, em sua conta no Twitter.

Crise – Em uma mensagem de mais de seis minutos, Almagro discorre sobre a crise humanitária que dominou a Venezuela e o êxodo migratório na região. “São vítimas do horror da ditadura”, disse o uruguaio. “Nossa mensagem não é de violência, mas é precisamente para deter a violência, para impedir a agressão e a repressão”.

Almagro destacou que há “falta de ação do regime Maduro”, provocando uma reação coletiva da comunidade internacional para trabalhar em proteção dos venezuelanos. Segundo ele, suas palavras sobre a hipótese de intervenção militar na Venezuela foram mal interpretadas.

“Devemos agir de acordo com o direito internacional e o sistema interamericano, é o que fazemos quando denunciamos os crimes de violação dos direitos humanos, a corrupção e a vinculação do governo ao narcotráfico perante o Tribunal Penal Internacional”, disse o secretário-geral da OEA.

Almagro agradeceu a Colômbia e a todos os países que apoiam os imigrantes venezuelanos. (ABr)

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