Alvaro Dias diz que sua candidatura é irreversível

6 de julho de 2018 às 0h00

São Paulo – O senador Alvaro Dias, pré-candidato do Podemos à Presidência da República, disse ontem que sua candidatura à Presidência é “irreversível”. A declaração ocorre após um encontro com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na capital paulista, na última segunda-feira (2). Dias deu, no entanto, uma condição para a convergência do chamado “centro” na disputa presidencial: o rompimento com o “balcão de negócios” em Brasília, ou seja, a troca de apoio partidário por interesses individuais de bancadas, e o compromisso com o que defende como “a refundação da República”. “Não haverá força humana capaz de promover um recuo em relação à nossa candidatura”, disse o senador, ao lado da presidente do seu partido, deputada Renata Abreu (SP), durante palestra na Associação Comercial de São Paulo (ACSP). A declaração veio após provocação da deputada que o estimulou a falar de sua experiência como senador e governador do Paraná. Na segunda-feira, Dias se encontrou com FHC no apartamento do ex-presidente, em São Paulo. Ao se referir a notícias de que Renata Abreu estava oferecendo sua “cabeça” para uma aliança eleitoral, o senador insistiu em ser enfático. “Estou peremptoriamente afirmando: se querem a convergência do centro, que convirjam para essa proposta. Nós queremos coesão também, e que se dê em torno de rompimento com esse sistema definido como balcão de negócios e compromisso de refundação da República que, certamente, é o sonho de todos os brasileiros”, afirmou. O senador defendeu a necessidade de “aglutinar forças a favor do interesse nacional” para romper com o que considera como sistema político que causou a crise econômica nacional e originou os casos de corrupção. Ao falar do combate à corrupção, o pré-candidato citou apenas o PT na palestra, ao falar do mensalão e da Lava Jato. Em um recado para “aventureiros”, ele atacou presidenciáveis na disputa, sem citar nomes. “Sem atingir ninguém diretamente, quem nunca foi cogitado para ser síndico de onde mora, para ser prefeito de sua cidade, governador do seu Estado, não pode arvorar-se em ser candidato à Presidência da República em um país mergulhado num oceano de dificuldades”, disse Dias, sendo aplaudido pela plateia. Vice – Diante de acenos de seu antigo partido, o PSDB, o senador paranaense pediu ontem para “não perderem mais tempo” cogitando sua desistência na corrida pelo Palácio do Planalto. Ele negou a possibilidade de ser vice na chapa do ex-governador Geraldo Alckmin e disse que busca partidos do “centro” para uma aliança. Em entrevista coletiva após palestra na ACSP, o pré-candidato disse que “não arreda o pé” de estar nas urnas em outubro como candidato a presidente. “Não há força humana capaz de nos demover desse objetivo. Os que viverem verão que nós estaremos na urna no dia 7 de outubro. É bom não perderem mais tempo e vocês não gastarem mais tinta e papel ou não gastarem os dedinhos aí nas teclas do computador porque será em vão”, disse Dias. Perguntado se aceitaria ser vice de Alckmin na eleição, Alvaro Dias respondeu que “não há nenhuma hipótese de arredarmos pé do propósito de disputar a Presidência”. Por outro lado, o senador poupou o presidenciável do PSDB ao criticar o “sistema político atual”. Dias diz que o “balcão de negócios” em Brasília levou o País a uma situação de crise e corrupção. “Não estou dirigindo essa crítica a ninguém, estou tentando construir o futuro”, respondeu, quando questionado sobre se encaixava o PSDB e Alckmin na crítica.

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