Cooperativa de crédito ganha mais espaço em MG

24 de agosto de 2018 às 0h10

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Crédito: Marcos Santos/USP Imagens

O cooperativismo de crédito vem ganhando cada vez mais espaço em Minas. Em 2017, o segmento foi o principal – entre todos os ramos do cooperativismo – em movimentação econômica, atingindo R$ 18 bilhões, o que representa 39,1% do total do Estado. Foi registrado crescimento de 6,6% em relação a 2016, quando o valor foi de R$ 16,9 bilhões. Com isso, esse ramo ficou acima até mesmo do tradicional cooperativismo agropecuário, que movimentou R$ 17,7 bilhões no ano passado. “Os mineiros estão cada vez mais descobrindo o cooperativismo como uma possibilidade de inserção no sistema financeiro”, disse o presidente do Sistema Ocemg, Ronaldo Scucato.

Essas informações constam da 13ª Edição do Anuário de Informações Econômicas e Sociais do Cooperativismo Mineiro divulgado pelo Sistema Ocemg, formado pelo Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais (Ocemg) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo de Minas Gerais (Sescoop-MG),
Para Scucato, as taxas e tarifas mais atrativas oferecidas pelas cooperativas de crédito e o atendimento – com um serviço que tem a maior proximidade com os clientes como característica – são os grandes diferenciais que estão levando ao crescimento do cooperativismo de crédito, mesmo num cenário de recuperação econômica lenta.

“Em um mercado bancário oligopolizado como é o brasileiro, as cooperativas se apresentam com um serviço muito mais próximo daquele que quer empreender e não encontra taxas acessíveis nos bancos convencionais”, diz Scucato.

Segundo o anuário da Ocemg, as cooperativas de crédito contam com 751 postos de atendimento em 485 municípios mineiros, gerando 9,9 mil empregos. Em 2017, o número de cooperados chegou a 1,2 milhão, alta de 7,1% em relação a 2016.
O patrimônio líquido do ramo de crédito foi de R$ 4,9 bilhões em 2017, alta de 11,6% em relação a 2016. O capital social chegou a R$ 3 bilhões no ano passado, com aumento de 2,1% no comparativo com o exercício anterior. As sobras passaram de R$ 428 milhões em 2016 para R$ 447 milhões em 2017, avanço de 4,6%. Em 2017, os ativos totais foram de R$31,4 bilhões, alta de 7% em relação a 2016.

No acumulado de cinco anos, as altas são bem expressivas. Segundo a Ocemg, nesse período, as cooperativas de crédito tiveram alta de 82,7% em seu patrimônio líquido. Em ativos totais, a alta foi de 97,7%. O capital social avançou 58,6%. No que diz respeito às sobras, o ramo crédito apresentou uma alta de 61,9%, somando R$ 447 milhões nos últimos cinco anos.

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Cenário – Atualmente, Minas é o quarto estado do País a reunir o maior número de cooperativas, com 10% da fatia nacional, ficando atrás de São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. São 768 unidades de 10 ramos diferentes.

No total, a movimentação econômica do cooperativismo no Estado avançou 7,7% em 2017 em relação a 2016, tendo chegado a R$ 46,7 bilhões no ano passado. O setor responde por 8,1% do Produto Interno Bruno (PIB) mineiro e gerou, em 2017, R$ 1,8 bilhão em impostos para o Estado.

Os principais ramos são agropecuária, crédito, transporte e saúde, que concentram 86% das cooperativas. O número de cooperados no Estado avançou 5,9%, com 88 mil novos membros, chegando a 1,5 milhão de pessoas. O quadro de empregados avançou 3,5%, chegando a 40 mil.

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