Semana criativa de Tiradentes repensa o artesanato

6 de outubro de 2018 às 0h04

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Maria-Fumaça que faz trajeto entre Tiradentes e São João del-Rei é atração na região / Crédito: Divulgação

Mais de 4 mil pessoas são esperadas para participar da segunda edição da Semana Criativa de Tiradentes, que será realizada entre os dias 18 e 21 deste mês, na cidade colonial do Campo das Vertentes.

A ideia, segundo a idealizadora do festival, Simone Quintas, é reunir grandes nomes brasileiros do design, arquitetura, fotografia e arte, para repensar o artesanato, o design e o morar no País e incentivar o Movimento Maker em um ambiente especial.

“Reunimos ao longo do ano um grupo de artesãos da região com um grupo de designers convidados para períodos de imersão. A ideia era que eles convivessem de forma criativa e, ao fim do processo, apresentassem produtos feitos em parceria. Os dois grupos têm muito a aprender um com outro. Enquanto os designers oferecem uma visão mais profissional e comercial, como a questão do acabamento e a valorização do trabalho enquanto arte, os artesãos promovem um reencontro com técnicas e materiais capazes de ajudar na consolidação de um design identitário, inspirado e com cara de Brasil”, explica Simone Quintas.

O Movimento Maker é uma extensão da cultura “Faça-Você-Mesmo”, baseada na ideia de que pessoas comuns podem construir, consertar, modificar e fabricar os mais diversos tipos de objetos e projetos, com suas próprias mãos.

Os designers participantes são Alfio Lisi, Fernando Jaeger e Yáskara Idemori, Maria Helena Emediato, Luly Vianna (Saissu Design) e Maria Fernanda Paes de Barros (Yankatu), que dá continuidade à sua participação na primeira edição, desta vez, ao lado do designer Sergio Cabral, que estreia no evento. Já os artesãos são Deise e Fabio Reis (estanho), Delano Antunes (madeira), Maria Laura de Resende (tecelagem) e Robson Matias do Santos (luminárias).

Artesanato rico – “Tiradentes e a região são conhecidas por terem um artesanato muito rico e diversificado em materiais e técnicas. Por isso, pudemos escolher um representante de cada segmento. Também preferimos aqueles que trabalham em coletivos ou em ateliês, para que o conhecimento conquistado seja compartilhado”, pontua a idealizadora do evento.

Entre os designers, a adesão foi imediata e hoje há uma lista de espera para participar do projeto. Já entre os artesãos – todos convidados – o processo foi mais lento. A famosa desconfiança mineira precisou ser vencida. A expectativa é que nas próximas edições seja estabelecida alguma forma de inscrição para participar.

“É natural que haja alguma resistência, afinal, somos ‹forasteiros›. Mostramos a eles que não viemos impor um modelo ou criticar o que fazem há tanto tempo. Queremos compartilhar o conhecimento, aprender e ensinar. Tiradentes é uma cidade acostumada aos eventos e midiática. As coisas que acontecem aqui são notícia, então, essa é uma grande oportunidade para todos que participam”, defende. (DM)

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