Tecnologia
Vale da Eletrônica deverá ter um boom de faturamento em 2024
Com a normalização da oferta de insumos, o setor está otimista; para fomentar os negócios, ocorrerá, neste mês, a Feira do Vale da Eletrônica
15 de setembro de 2023

Após amargar prejuízos nos últimos tempos com a falta de insumos, as empresas do Vale da Eletrônica, em Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas, deverão ter um boom de faturamento em 2024. Pelo menos é o que acredita o presidente do Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Vale da Eletrônica (Sindvel), Roberto de Souza Pinto.
De acordo com ele, o setor tinha potencial para produzir e mercado para consumir, entretanto, vinha sendo bastante afetado pela escassez de matéria-prima. Esse cenário fez com que os faturamentos mais recentes fossem menores em relação àqueles registrados em anos anteriores à pandemia. Com a normalização da situação, o otimismo é certo para o próximo exercício.
“As empresas do Vale da Eletrônica estão conseguindo cumprir a programação e entregar regularmente. Aqueles problemas que tivemos no passado com matéria-prima está normalizado. Tudo que se compra tem e tudo que se pede chega. Conseguimos cumprir com todas as entregas. Antes, tínhamos muitos pedidos, mas não tínhamos insumos, e isso tudo foi superado”, disse.
Para este ano, o presidente do Sindvel também está otimista. Embora não estime um percentual de crescimento, ele destaca que o setor fechará 2023 melhor do que em 2022. Essa confiança se deve, justamente, ao fato de que as empresas estão com demanda e produzindo normalmente.
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Condição privilegiada e atuais desafios
Na avaliação de Souza Pinto, que também é presidente em exercício da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), a situação atual do Vale da Eletrônica é uma condição privilegiada na comparação com outros setores dentro do Estado e do País. Isso porque, segundo ele, o mercado no geral “esfriou” e não está tão agressivo como antes, porém, as companhias do setor estão vivendo um bom momento e conseguindo realizar todas as entregas de forma regular.
Apesar de toda a positividade do dirigente com a melhoria da oferta de insumos, o Vale da Eletrônica não está imune aos desafios. Conforme o gestor, a política atual do governo federal tem causado insegurança comercial e jurídica em investidores, o que impacta na redução de faturamento, produção e inovação. No entanto, ele acredita que isso deve se normalizar ainda este ano graças à iniciativa privada, que tocará os negócios independentemente da gestão pública.

Feira do Vale da Eletrônica deve acelerar mais de R$ 1 bilhão em negócios
Entre os dias 19 e 21 de setembro acontecerá, na Escola Técnica de Eletrônica (ETE), em Santa Rita do Sapucaí, a 16ª edição da Feira Industrial do Vale da Eletrônica (Fivel), que promete muita interatividade, conteúdo e tendências de mercado. Desde 2019, o evento não era realizado presencialmente e a perspectiva é de grandes possibilidades de negócios.
Organizado pelo Sindvel e pela Associação Industrial de Santa Rita do Sapucaí, a Fivel vai reunir mais de 70 expositores, que representam mais de 10 mil produtos em linhas de produção. Souza Pinto destaca que quem visitar o local terá uma oportunidade de negociar diretamente com as fábricas. Ele também salienta que os visitantes poderão agendar para visitar o parque tecnológico do Vale da Eletrônica, que reúne 160 indústrias e mais de 16 mil itens em linhas de fabricação.
Ainda conforme o dirigente, a feira é um ponto de encontro de empreendedores, um evento para se construir relacionamento e programar pedidos. Segundo ele, normalmente em uma feira como a Fivel se consegue fazer uma programação para 12 meses de produção. Sendo assim, a estimativa é que o encontro acelere mais de R$ 1 bilhão em negócios em um período de um ano.

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