Mudanças climáticas têm forte impacto

5 de junho de 2019 às 0h19

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BH tem, por exemplo, um jardim botânico importante na educação ambiental e zelo pela preservação - Crédito: Divulgação

As alterações do clima alcançam pessoas e países. São os mais “pobres”, porém, os atingidos de forma mais perversa. Elas têm um impacto significativo nos padrões climáticos, nas precipitações e no ciclo hidrológico, afetando a disponibilidade de água superficial, assim como a umidade do solo e reposição de água subterrânea. Um recente estudo, publicado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), afirma que a mudança climática está acontecendo devido ao crescimento global da escassez de água (20%) e ao crescimento populacional e desenvolvimento econômico (80%).

Diante desse quadro, no Dia Mundial do Meio Ambiente, o Diálogos DC, ação que faz parte do Movimento Minas 2032, iniciativa do DIÁRIO DO COMÉRCIO para mobilizar o Estado em torno dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2015, propõe uma discussão sobre Qualidade Ambiental.

Para esse especial temos como premissa os ODS 6: Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todas e todos; 13: Tomar medidas urgentes para combater a mudança do clima e seus impactos; 14: Conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável; e 15: Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade.

Entidades de classes, organizações não governamentais, diversas instâncias do poder público, empresas e sociedade em geral foram convidadas a participar, pontuando a gravidade da situação e apontando caminhos e iniciativas que já alcançam sucesso dentro do seu raio de ação.

A complexidade do tema exige conscientização pública e treinamento para que a comunidade mundial seja capaz de melhor compreender, mitigar e se adaptar à mudança climática. O problema é global, porém, exige ações locais para a solução. São os governos, empresas e as pessoas que vivem na cidade os atores principais na tomada de decisão e execução de medidas e projetos que busquem mitigar e solucionar problemas que levam à degradação ambiental.

Para o secretário-executivo do Governos Locais pela Sustentabilidade (do inglês Local Governments for Sustainability – Iclei) para a América Latina, Rodrigo Perpétuo, o Brasil tem um papel fundamental na consolidação de uma mentalidade sustentável global. Belo Horizonte é um bom exemplo nesse sentido, com uma política pública que dialoga com documentos e acordos internacionais.

Perpétuo: alinhamento é fundamental – Crédito: Gil Leonardi

“No Brasil, Belo Horizonte talvez seja a cidade mais preparada para ser uma referência internacional na gestão urbana sustentável. A cidade tem um plano de mobilidade sustentável, instrumentos de gestão dos parques urbanos com corpo técnico de qualidade, um jardim botânico importante na educação ambiental e zelo pela preservação, plano diretor sobre essas bases internacionais, entre outras ferramentas. Isso é muito importante. É claro que existem falhas e a execução ainda está começando, mas esse é um passo muito grande na direção de uma relação mais responsável da cidade com a natureza”, explica Perpétuo.

Para ele, o Dia do Meio Ambiente – comemorado hoje (5) -, é um marco para lembrar à sociedade da importância de transitarmos de um movimento de desenvolvimento que preconizava a exploração do meio ambiente para um modelo preconize o respeito, ditando um padrão responsável de consumo, compras públicas e produção. Para isso, um alinhamento das políticas públicas é fundamental. A mudança de orientação da política federal praticada nas últimas décadas é vista como um problema grave.

“Temos um processo que não é só na área ambiental. O governo se contradiz e ainda não sabemos qual o projeto de país ele tem. Isso, no caso do meio ambiente, é ainda mais problemático. Essa é uma questão que precisa de assertividade. O que observamos, quando oito ex-ministros de diversas correntes se juntam para formar um movimento de observação é quase um clamor para que a sociedade mantenha uma vigília sobre as ações. O Iclei não pode se furtar a esse debate, sempre buscando o melhor diálogo e atento a possíveis retrocessos”, pontua o secretário-executivo do Governos Locais pela Sustentabilidade para a América Latina.

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