RONALDO GUSMÃO*
Nos últimos três anos, centenas de encontros foram marcados na SME. Foram 236 encontros, número correspondente ao total de eventos realizados na entidade nesse período. Deles participaram mais de 6,2 mil pessoas. Com isso, a entidade se revigorou, os associados retornaram, e novos associados chegaram. Porque a Casa estava aberta, viva, vibrante e falante.
Encontramo-nos para falar, sermos ouvidos e mostrar nosso interesse pelos temas que estão em pauta; temas que estavam adormecidos e que a SME levantou para discussão, possibilitando a troca de ideias e também o encontro de velhos amigos.
Na SME, contamos com a presença com dois ex-ministros: Paulo Paiva, ex-ministro de Planejamento e Gestão, que debateu sobre a produtividade brasileira; e José Carlos Carvalho, ex-ministro de Meio Ambiente, que discorreu sobre engenharia e governança ambiental.
No jornal “DIÁRIO DO COMÉRCIO”, página “Engenharia Hoje”, tivemos publicações semanais realizadas em parceria com o jornal, que repercutiu os inúmeros eventos ocorridos na SME, além de artigos versando sob os mais diversos temas, dando, assim, maior visibilidade às causas da engenharia, da arquitetura e da agronomia mineiras.
Houve momentos em que os ânimos estiveram acirrados, porque os pontos de vista eram radicalmente opostos, como convém a um bom debate. Assim foi o evento que discutiu a privatização da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). De um lado, estava o ex-presidente da SME, Aloísio Vasconcelos; de outro, o economista Victor Cezarini, assessor da Secretaria de Estado da Fazenda, que representou o governo de Minas. Aloísio Vasconcelos foi incisivo, pois segundo ele, em uma Cemig privatizada, o futuro controlador não seria da iniciativa privada, mas sim uma estatal da China, da Itália ou da França.
Os jovens “invadiram nossa casa” e se encontraram em várias oportunidades, debatendo a engenharia e seu futuro profissional. A SME Jovem veio com tudo, preocupada não só com o emprego e o empreendedorismo, mas antes de tudo, com o destino do País. A inovação foi a tônica de vários eventos, que reuniram a academia, os engenheiros e as empresas de engenharia.
A SME também foi palco que reuniu alguns dos principais CEOs da engenharia mineira em encontros com salões lotados e debates acalorados com Rubens Menin e Rafael Menin (MRV), Sergio Leite (Usiminas), Eduardo Borges, Ricardo Sena e Renato Faria (Andrade Gutierrez), Eugenio Mattar (Localiza), Teodomiro Diniz (Fiemg), Antonio Claret de Oliveira (Infraero), Luiz Felipe Alves (Engelog), Emir Cadar Filho (Sicepot), Vander Costa (CNT) e Wilson Brumer (Ibram), entre outros.
Esperamos ansiosos pelo próximo encontro com essa jovem senhora de 90 anos (a SME foi fundada em fevereiro de 1931), vibrante, falante e que agora está com a casa sempre aberta, sempre disposta ao diálogo, sempre preocupada com o futuro, mas sem esquecer o presente e tirando do passado sábias lições.
Vamos lá, minha jovem senhora! Façamos valer as palavras do escritor mineiro Fernando Sabino: “Façamos da interrupção um caminho novo. Da queda um passo de dança, do medo uma escada, do sonho uma ponte, da procura um encontro!”
*Engenheiro e presidente da SME até o próximo dia 30
Posse da nova diretoria será dia 1º
Toma posse no próximo dia 1º de dezembro, às 20h, a nova diretoria da SME, que estará à frente da entidade pelos próximos três anos. A presidente será Virgínia Campos, que substitui Ronaldo Gusmão.
Virgínia Campos é engenheira civil e sanitarista e diretora-geral da empresa de consultoria Limiar Ambiental e integrante do Conselho de Meio Ambiente da Federação das Indústrias no Estado de Minas Gerais (Fiemg). Na SME, foi vice-presidente entre 2015 e 2017 e presidente da Comissão Técnica de Desenvolvimento, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável entre 2015 e 2019.
A posse será virtual, com transmissão on-line, pela internet.