Fabricantes de chocolates estão otimistas com a Páscoa

19 de março de 2020 às 0h15

img
As indústrias de chocolate contrataram 14 mil temporários | Crédito: Divulgação

As expectativas para a Páscoa 2020 são positivas e as empresas do setor de chocolates e guloseimas investiram no desenvolvimento de novos produtos e na variedade para atender a todos os perfis de consumidores.

Dentre os fatores que podem contribuir para um melhor desempenho estão a inflação controlada, os juros mais baixos e a retomada, ainda que gradual, da geração de empregos.

De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab), Ubiracy Fonseca, as empresas do setor estão confiantes e investiram em novos produtos, na inovação de embalagens e no uso de personagens atrativos e atuais com o objetivo de atender a toda a família. Em 2019, foram produzidas cerca de 10 mil toneladas de chocolates para o período de Páscoa, incluindo ovos, figuras de páscoa, produtos em embalagens temáticas presenteáveis e outros itens.

“Os investimentos feitos nas linhas de produtos e na contratação de temporários, mostram que nossos associados estão otimistas em fazer uma boa Páscoa. O Brasil está com um cenário econômico bom, com previsão de crescimento no PIB, ainda que pequeno, inflação sobre controle e taxa de juros baixa. O cenário está melhor em 2020, do que em 2019, por isso, acreditando em boa Páscoa”.

Ainda conforme Fonseca, para atender a demanda da Páscoa, foram contratados, em média, cerca de 14 mil profissionais temporários que começaram a atuar em setembro de 2019 na produção das fábricas nacionais e outros que atuarão, até abril, no atendimentos e abordagem dos consumidores nas lojas. Somente nas fábricas, o aumento da mão de obra fica em torno de 16%. Os dados estaduais não foram divulgados.

Em relação a Minas Gerais, Fonseca explica que o mercado é extremamente importante para o setor de chocolates. “A região Sudeste é a que tem maior demanda e consumo dos produtos de Páscoa. Minas Gerais, por ser um Estado muito grande e com muitos municípios, é o segundo mercado na Páscoa atrás somente de São Paulo”, disse.

Na Barry Callebaut Brasil Indústria e Comércio de Produtos Alimentícios Ltda, com unidade em Extrema, no Sul de Minas Gerais, o gerente de marketing, Fernando Brull, explica que na empresa houve estabilidade da demanda vinda por parte indústrias atendidas pela Callebaut, porém, as vendas voltadas para a produção de chocolate artesanal estão em alta e cresceram entre 15% e 20%, movimento que vem observado nos últimos anos. Para atender a maior demanda do período, na unidade de Minas Gerais foram abertas 20 vagas temporárias, sendo cinco para produção e 15 para o setor de logística.

Novas escolhas – “De uns três a quatro anos para cá, estamos percebendo uma migração do consumo do chocolate industrial para o artesanal e estamos sentido esta migração mais forte. A Páscoa já está no final para nós, já abastecemos o mercado e a tendência é que a data comemorativa seja bem intensa e bem movimentada. No caso da produção artesanal, temos percebido que mais pessoas têm entrado para o setor, por isso, o segmento vem crescendo a cada ano”.

Ainda conforme Brull, o mercado mineiro é um dos mais importantes do País. “Minas Gerais é um centro importante para o mercado de chocolate, com indústrias e com a produção artesanal bem extensa. O consumo de chocolate no Estado já é muito forte em função da gastronomia”.

Na Lalka, empresa com sede em Belo Horizonte, a expectativa é crescer pelo menos 10% na Páscoa 2020, frente ao mesmo período de 2019. A empresa produzirá cerca de 3 toneladas de chocolate. Para conquistar os clientes e ampliar as vendas, a aposta é na produção personalizada e na variedade de ovos, que vão de 10 gramas até 30 quilos.

“Até o momento, a movimentação tem sido mais positiva. As pessoas estão voltando a presentear, o que não acontecia há uns 3 ou 4 anos. As pessoas presenteavam somente os parentes mais próximos. O que temos feito para obter um resultado positivo é variar muito os tipos de ovos, sentimos que os clientes têm preferência pelo tradicional, mas fazemos ovos sobre encomenda, diferentes e que o cliente pode personalizar”, disse o proprietário da Lalka, Roberto Grochowski.

A gerente de marketing de sazonais e presenteáveis (Gerente de Páscoa) da Lacta, Amanda Affonso, explica que a empresa investiu em uma pesquisa junto ao mercado consumidor para levantar as principais demandas. Ao todo, foram ouvidos mil consumidores em todo Brasil.

Para a Páscoa 2020, a Lacta está produzindo 25 opções de ovos, sendo quatro deles os grandes lançamentos: dois Tripla Camada, Oreo e Avelã, e dois da linha Intense 60% Cacau, Original e Mix de Nuts. Além dos tradicionais ovos, outro destaque é o lançamento das trufas recheadas presenteáveis, que chegam ao mercado na Páscoa e se manterão fixas no portfólio. Com embalagem diferenciada, as trufas chegam em duas opções, ao leite (9, 12 e 18 unidades) e Intense 60% cacau (9 e 12 unidades).

“O mercado brasileiro da Páscoa, em 2019, cresceu 2% frente a 2018. Esperamos que a Páscoa este ano continue com resultados positivos. A gente espera que o crescimento no mercado venha com as inovações e estamos entrando em segmento novo e pouco desenvolvido no varejo. Estamos encabeçando e trazendo a disponibilidade de produtos de alta qualidade, alto valor agregado para o varejo”, disse Amanda Affonso.

Para atender a demanda da data comemorativa, a Lacta contratou cerca de 4 mil animadores temporários, que irão atuar junto aos pontos de venda, auxiliando os consumidores na compra dos ovos de chocolate.

Facebook LinkedIn Twitter YouTube Instagram Telegram

Siga-nos nas redes sociais

Comentários

    Receba novidades no seu e-mail

    Ao preencher e enviar o formulário, você concorda com a nossa Política de Privacidade e Termos de Uso.

    Facebook LinkedIn Twitter YouTube Instagram Telegram

    Siga-nos nas redes sociais

    Fique por dentro!
    Cadastre-se e receba os nossos principais conteúdos por e-mail