Indústria de cal espera crescer 15% no Estado neste exercício

18 de fevereiro de 2020 às 0h14

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Crédito: Reprodução

A desaceleração da economia trouxe uma série de reflexos ruins para os mais diversos setores, como o da cal, que começa, agora, a ganhar perspectivas mais otimistas. De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria de Cal e Gesso no Estado de Minas Gerais, Rodrigo Simões (Sindicalge-MG), a área poderá crescer cerca de 10% a 15% em 2020 no Estado, se as circunstâncias forem favoráveis.

No entanto, o segmento, como tantos outros, sentiu os efeitos negativos do mercado durante o período de crise pelo qual o País passou. No ano passado, por exemplo, o setor em Minas Gerais chegou a recuar 1,5% na comparação com 2018. Porém, o cenário poderia ser ainda mais preocupante, não fosse a versatilidade do item, conforme destaca Simões.

“A cal é um produto muito versátil, que atende vários segmentos da indústria, como o mercado da construção civil, siderurgia, produção de papel e celulose, tratamento de água e esgoto, entre outros. São muitos os mercados em que a cal está presente”, destaca ele.

Apesar de relevante, esse ponto alto para o setor, porém, não foi capaz de segurar sozinho todos os desafios que a área viu surgir ao longo do período de crise econômica no Brasil – do qual, espera-se, o País está prestes a sair por completo.

“Em decorrência de o Brasil ainda não ter se recuperado da crise, os mercados industriais estão menos aquecidos”, destaca Rodrigo Simões. “A indústria automobilística, por exemplo, não está em sua melhor fase. As fábricas de celulose no Brasil também estão em um ritmo mais desacelerado”, diz ele.

Expectativas – Um dos setores que podem contribuir para a melhora do segmento é o da construção civil, segundo Rodrigo Simões. “Deve haver uma retomada da área e, assim, teremos ganhos na cal hidratada”, afirma, lembrando também da questão do saneamento, que, frisa ele, tem sido uma das principais bandeiras do governo federal.

De acordo com o presidente do Sindicalge-MG, o setor de cal “ficou sem investimentos durante um bom período. A gente acredita que já faz no mínimo uns seis anos que não tem nada novo em termos de investimentos. Agora, alguns projetos estão sendo desengavetados”, afirma. “Os projetos de ampliação estão em andamento, em geral, desde o fim do ano passado”, relata.

Desafios – O segmento também passa por desafios atualmente. Outros obstáculos, por sua vez, que já chegaram a impactar bastante o setor, estão sendo superados ao longo do tempo. No início de 2017, por exemplo, muito se falou acerca do preço do coque verde de petróleo, insumo mais importante para a fabricação da cal. O produto chegou a aumentar 66% em um período de seis meses.

Entretanto, segundo Rodrigo Simões, o preço do coque verde do petróleo vem reduzindo, em parte pelo desaquecimento da indústria nacional e em parte pelo fato de o valor do petróleo estar caindo mundialmente.

O desafio da área atualmente, para o presidente do Sindicalge-MG, está mais relacionado a questões ambientais. “Hoje, é muito difícil licenciar novas jazidas. É uma questão bastante complexa’, diz ele.

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