Intenção de consumo avança na Capital

17 de janeiro de 2020 às 0h19

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Crédito: Alisson J. Silva/Arquivo DC

O índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) atingiu 91,1 pontos em dezembro, em Belo Horizonte, o que representa alta de 3,7 pontos percentuais (p.p.) em comparação a novembro. Dezembro foi o quinto mês de expansão, uma vez que tem sido apontado um crescimento desde agosto do ano passado.

Já na comparação com dezembro de 2018, o incremento foi de 7,1 pontos. O índice é elaborado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG), com dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O resultado do mês passado foi o melhor para o último semestre.

De acordo com a analista de pesquisa da Fecomércio-MG, Letícia Marrara, o aumento do número em dezembro está ligado a uma confiança maior do consumidor. “Principalmente em função da renda, injeção do décimo terceiro, incremento na geração de empregos, abertura de postos de trabalho, liberação dos saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e festas de fim de ano”, diz ela.

No entanto, a maior confiança do consumidor tem se mostrado além de alguns desses fatores pontuais do último semestre, como tem sido revelado pelo índice no decorrer do tempo. “Ao longo dos anos, está havendo a retomada da economia, melhora na taxa de juros, o que contribui com o aumento da confiança”, afirma.

Mas por mais que o ICF tenha apresentado crescimento no geral, ainda não rompeu a fronteira dos 100 pontos, que separa a insatisfação da satisfação. O limite só foi ultrapassado pelas famílias que têm uma renda maior do que dez salários mínimos, chegando aos 108,4 pontos.

Mais incrementos – A pesquisa ainda mostra que diversos subindicadores apresentaram crescimento, como emprego atual (118,3 pontos e alta de 0,1 ponto); renda atual (106,3 e avanço de 1,6 ponto); acesso ao crédito (93,5 e aumento de 3,3 pontos); nível de consumo (69,1 e alta de 3,5 pontos); expectativa de consumo (94,8 e alta de 8,8 pontos); e consumo de bens duráveis (60,6 e alta de 10,7 pontos).

Letícia Marrara afirma que o acesso ao crédito teve um destaque maior entre esses, pois, além da alta de 3,3 p.p. apresentada em relação a novembro, o indicador revela um incremento de 16 pontos na comparação com dezembro de 2018. “Podemos ressaltar a retomada da economia, embora ainda lenta, e a expectativa relacionada às novas medidas adotadas pelo poder público”, destaca.

Já do lado da queda, ficou a perspectiva profissional, que caiu de 97,6 pontos para 95 pontos no último mês. “Apesar da redução do desemprego e do aumento das pessoas ocupadas, há ainda um mercado informal, o que diminui as perspectivas profissionais”, diz Letícia.

Por fim, a analista da Fecomércio-MG conclui que “a melhora é lenta, mas está acontecendo. Essa confiança do consumidor só tende a aumentar”, afirma.

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