Startups apostam em mercado no interior de estados da região Sudeste

10 de janeiro de 2020 às 0h11

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Crédito: Pixabay

O Mapeamento de Startups da Região Sudeste 2019, divulgado pela Associação Brasileira de Startups (ABStartups), mostrou que as empresas de tecnologia estão se espalhando pelo interior dos estados.

Os números gerais, com o protagonismo de São Paulo, não trouxeram nenhuma grande novidade, mas a força do interior, muitas vezes subjugada pelo brilho das capitais, mereceu destaque.

Com 4776 startups ativas na região, sendo São Paulo o estado com a maioria delas (65%), seguido por Minas Gerais e Rio de Janeiro (ambas com 19% cada); o ecossistema do Sudeste é composto, em grande parte, por modelos de negócios do tipo SaaS (40%) e Marketplace (21%), que contam com equipes de até 10 colaboradores. A região responde por um terço das startups brasileiras mapeadas pela entidade.

De acordo com o presidente da ABStartups, Amure Pinho, o objetivo do estudo é dar visibilidade a novos polos, priorizando no mapeamento as cidades que estão começando a ter destaque. Em Minas Gerais foram listadas seis regiões: Vale do Aço, Uberaba (Zebu Valley), Uberlândia (Uber Hub), Araguari (Ari Valley) – no Triângulo; Santa Rita do Sapucaí (Vale da Eletrônica) – no Sul de Minas; e Juiz de Fora (Zero 40) – na Zona da Mata.

A proximidade entre Zebu Valley, Uber Hub e Ari Valley chamou a atenção. “Embora muitas cidades tenham desenvolvido rixas regionais ao longo da história, a cultura startup preza pelo compartilhamento e colaboração. A proximidade entre elas faz com que elas compartilhem experiências, conhecimentos, enfim, formem um ecossistema. Além disso, essas cidades são polos educacionais importantes. As universidades puxam o desenvolvimento tecnológico da região”, explica Pinho.

Perfil – Outro ponto importante que ajuda a explicar o desenvolvimento desses polos é a presença de grandes empresas da economia tradicional ou polos produtivos organizados, como a siderurgia, no Vale do Aço; a eletrônica, em Santa Rita do Sapucaí; e o agronegócio, no Triângulo. A presença ou proximidade de aeroportos também é um fator de peso.

“As startups nascem para criar soluções para a economia tradicional. Então, no Triângulo temos um grande número de empresas voltadas para o agronegócio, por exemplo. Isso se torna ainda mais forte com a proximidade da região Norte de São Paulo. Já na região de Ipatinga, as startups se voltam para atender às indústrias. Grandes empresas como a Algar, em Uberlândia, por exemplo, também exercem esse papel de indutoras”, destaca o presidente da ABStartups.

Aperfeiçoamento – Mas como nada é perfeito, é claro que o ambiente de negócios sempre pode ser aperfeiçoado. No Rio de Janeiro é o próprio clima, abalado pela crise política que atingiu o estado. Em São Paulo a busca por novos mercados. A pujança do mercado interno pode fazer com que as empresas se acomodem.

“Em Minas Gerais o principal obstáculo é a logística. O Estado é muito grande e poucos municípios possuem aeroportos. Esse é um gap que precisa ser olhado com atenção”, pontua o gestor.

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