Programa de inclusão da Gerdau fará nova seleção

8 de fevereiro de 2020 às 0h10

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Crédito: Divulgação

A formação de equipes diversas é vista como um valor dentro das empresas. Diferentes formações, habilidades e vivências unidas são capazes de dar soluções mais rápidas e efetivas às necessidades dos diferentes públicos de qualquer organização.

Muitas empresas, porém, ainda se atêm a cumprir o que é exigido pela legislação especialmente no que diz respeito à contratação de pessoas com deficiência (PCDs). A Lei 8.213/91 determina uma cota de 2% a 5% dos seus cargos de funcionários com beneficiários reabilitados do INSS ou pessoas com deficiências (PCDs) nas empresas com 100 ou mais empregados, nas seguintes proporções: até 200 empregados, 2%; de 201 a 500, 3%; de 501 a 1.000, 4%; e de 1.001 em diante, 5%.

A falta de capacitação e como fazer o treinamento dessas pessoas são algumas das dificuldades alegadas pelas empresas. Segundo os dados da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, em 2019, o número de PCDs contratados formalmente em Minas Gerais foi de 12.665. Porém, os desligamentos chegaram a 12.106, resultando em saldo positivo de 559 contratações de PCDs em todo o Estado.

Para cumprir o objetivo de não apenas atender a lei, mas também impactar os resultados, a Gerdau, em parceria com a ONG Rede Cidadã, desenvolveu o Programa Aprendiz de PCD, nas cidades de Ouro Branco, Conselheiro Lafaiete e Congonhas (região Central). Mais de 100 alunos, com idades entre 16 e 40 anos, foram capacitados pelo programa de aprendizagem técnico-profissional com duração de 16 meses. Um novo processo de seleção do programa está previsto para iniciar em março.

De acordo com a gerente de Desenvolvimento Humano da Gerdau Brasil, Adriana Mansueto, a chegada desses aprendizes – agora novos profissionais – já fez o dia a dia da empresa mudar. “Nos dispusemos a fazer um programa de aprendizagem para trazer diversidade para dentro da usina. A diversidade altera o ambiente corporativo. Já tenho relatos de gestores que mudaram seu próprio estilo de gestão depois do começo do programa. Todos começamos a entender que é possível ser produtivo fora dos padrões que aprendemos historicamente”, explica Adriana Mansueto.

Não foi feita nenhuma restrição por tipo de deficiência ou idade. A partir de 14 anos, conforme diz a lei de aprendizagem, a pessoa pode se candidatar. Via de regra, programas do tipo dão treinamentos para a área administrativa. Como uma usina, a unidade Gerdau oferece vagas operacionais, e para fazer o treinamento em eletromecânica fechou parceria com o Senai. Durante o curso, os aprendizes ficam quatro dias da semana em capacitação prática na usina e um dia na ONG, em treinamento teórico e comportamental. Uma nova turma começará a ser capacitada a partir de março e três outras devem concluir os cursos em fevereiro, agosto e outubro deste ano.

Terminado o curso, os formandos são encaminhados para as vagas à medida que elas vão sendo disponibilizadas pela usina. “Essa é uma ação que vamos levar para as outras unidades Gerdau e que esperamos influenciar também nossos parceiros. Estamos abertos a receber empresas que queiram conhecer o modelo e compartilhar o conhecimento que já adquirimos”, pontua a gerente de Desenvolvimento Humano da Gerdau Brasil.

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