RHI Magnesita busca novas tecnologias para os refratários

20 de fevereiro de 2020 às 0h16

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A RHI Magnesita fez a reciclagem de 16 mil toneladas de resíduos refratários em 2019 - Crédito: Easy-Resize.com

A RHI Magnesita, líder global em produtos e soluções refratárias, com planta em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), quer adotar novas tecnologias para identificar, com rapidez, diferentes tipos de produtos refratários após o uso em aplicações de alta temperatura.

Para isso, além de desenvolver novas técnicas internamente, a empresa busca parceiros e projetos para aprimorar sua logística reversa, por meio da plataforma NineSigma.

Há 10 anos, a RHI Magnesita coleta resíduos refratários dos clientes (seus e de terceiros), os submetem a vários processos de tratamento e os destinam para unidades fabris que os reutilizam como matéria-prima na produção de novos refratários. É o que explica o especialista do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da RHI, Matheus Naves.

Segundo ele, tais ações possuem objetivos mercadológicos, de negócios e sustentáveis. A começar pela própria possibilidade de aumentar a competitividade dos produtos no mercado e do fornecimento não apenas dos produtos, mas também de soluções refratárias industriais.

“Conseguimos aumentar a competitividade, a partir da redução dos custos, com o reprocessamento dos materiais dos refratários já utilizados. Além disso, diminuímos a emissão de gás carbônico na atmosfera, já que a reutilização dos materiais evita novas extrações e queimas de minérios”, explicou.

No entanto, conforme Naves, hoje, a classificação é feita manualmente e depende principalmente da experiência do colaborador, que identifica o tipo de material com base na força necessária para a quebra e na aparência e cor da superfície de ruptura, além da textura do material. No entanto, o método conta com limitações.

Por isso, a RHI Magnesita está investindo no desenvolvimento de outros processos de identificação e classificação destes materiais, de maneira que se tornem também mais assertivos. Isso depende, porém, de parcerias e recursos a serem aplicados nos centros de pesquisa da companhia pelo mundo, que somam cinco ao total. Os dois principais estão situados no Brasil e na Áustria.

Por meio da plataforma NineSigma, a empresa pretende ampliar as possibilidades, conhecer novos projetos e, quem sabe, fazer outras parcerias para novas formas de identificar os diferentes tipos de produtos refratários que chegam à companhia.

“A ideia é que startups e universidades possam sugerir produtos ou propostas que viabilizem e facilitem as diferentes etapas do processo”, resumiu.

Seleção – Assim, os interessados têm até o dia 15 de março para inscrever sugestões no site da NineSigma, que é um marketplace on-line especializado em serviços de inovação aberta para empresas com alcance internacional.

Depois do prazo, a própria plataforma fará uma triagem inicial das propostas e repassará à RHI Magnesita as ideias aprovadas. “Por fim, poderemos firmar alguns acordos de cooperação com aquelas empresas cujas propostas forem mais maduras e responderem às nossas expectativas”, concluiu.

A RHI Magnesita reciclou 16 mil toneladas de resíduos refratários em 2019, o que representou 5,3% do total produzido em sua operação na América do Sul. O foco na economia circular permitiu diminuir o impacto no meio ambiente e poupar a emissão de 16.890 mil toneladas de gás carbônico.

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