Distribuidoras de aço registram vendas maiores

19 de fevereiro de 2020 às 0h18

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As vendas dos distribuidores de aços planos avançaram 10,4% em janeiro na comparação com dezembro e 5,3% sobre igual mês do ano anterior, chegando a 279,4 mil toneladas comercializadas no primeiro mês de 2020. Assim, apesar de algumas incertezas quanto ao mercado internacional e os efeitos da epidemia de coronavírus na China, as projeções do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda) para este exercício seguem mantidas para um crescimento de 5% sobre 2019.

“Estamos falando apenas do primeiro mês do ano e, embora a enfermidade cause preocupações quanto ao fornecimento de componentes para o setor automotivo, caso haja alguma queda na produção, por falta das peças, esperamos que o volume seja recomposto logo em seguida, a partir de outras medidas”, disse o presidente do Inda, Carlos Loureiro.

Segundo ele, a apreensão se deve em função de alguns atrasos na entrega dos equipamentos por parte de fornecedores chineses. “Se não conseguirem regularizar a entrega até o final do mês, algumas empresas começarão a ter problemas na produção e buscar novos fornecedores demandaria ainda mais tempo. Já estivemos mais preocupados, mas ainda existe algum receio. Há estoques e temos que esperar para ver como o setor e o mercado vão reagir”, ponderou.

Em relação aos preços dos aços planos para a rede de distribuição, Loureiro voltou a afirmar que além dos reajustes praticados pelas usinas entre o fim de dezembro e janeiro, na ordem de 10%, novos preços estão previstos também para as próximas semanas.

“Já anunciaram novos aumentos, a Usiminas (Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais) e a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), movimento que deverá ser acompanhado pelas demais. Isso tem ocorrido porque a elevação praticada não foi suficiente para recompor o prêmio, em virtude tanto da valorização do preço no mercado internacional, como da taxa de câmbio”, explicou.

Também de acordo com os dados do Inda, as compras das distribuidoras totalizaram 297,3 mil toneladas no primeiro mês de 2020. Na comparação com dezembro houve alta de 2,1% e frente a janeiro do ano passado foi registrado incremento de 2,6%.

Assim, em número absoluto, o estoque do mês passado aumentou 2,2% em relação ao mês anterior, atingindo o montante de 818,1 mil toneladas. E o giro dos estoques fechou em baixa com 2,9 meses.

Comércio exterior – Já as importações encerraram o mês de janeiro com alta de 97,6% em relação ao mês anterior, com volume total de 106,2 mil toneladas. Comparando-se ao mesmo mês do ano anterior a alta foi de 19,6%. Loureiro ressaltou que o incremento nos volumes importados foi pontual e não preocupa, justamente pela briga das usinas em relação aos preços, uma vez que o prêmio continua negativo, mesmo depois dos últimos reajustes.

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