Vendas do comércio crescem 1,8% em MG, aponta o IBGE
16 de janeiro de 2020 às 0h03
O comércio em Minas Gerais avançou 1,8% na passagem de outubro para novembro do ano passado na série com ajuste sazonal, de acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A expansão foi maior do que o registrado nacionalmente (0,6%).
O Estado também apresentou uma alta maior do que a variação nacional na comparação entre novembro de 2019 com o mesmo período do ano anterior. Enquanto o crescimento do comércio em Minas Gerais foi de 3,4%, no Brasil foi de 2,9%.
A gerente de pesquisa do IBGE, Isabella Nunes, ressalta que o que mais impactou o comércio varejista nesse período de comparação foi a categoria “outros artigos de uso pessoal e doméstico”, com impacto de 1,7 ponto percentual (p.p.) e crescimento de 11,2%.
Posteriormente, vêm os hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com um incremento de 1,7% e impacto de 0,9 p.p., e os artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, que apresentaram crescimento de 9,5% e impacto de 0,8 p.p..
Conforme Isabella Nunes destaca, essas áreas têm uma dinâmica sensível às promoções da Black Friday, o que contribuiu para o avanço dos índices.
Além disso, o crescimento nos números de novembro de 2019 na comparação com igual período de 2018 tem a ver também com uma conjuntura melhor do ano passado, de acordo com a gerente de pesquisa do IBGE.
“Há melhores condições de financiamento, os juros estão em patamares baixos, a inflação está controlada”, diz ela.
Já do lado dos recuos, há livros, jornais, revistas e papelaria, com -17,8% e impacto de -0,1 p.p., móveis e eletrodomésticos com -1% e impacto de -0,1 p.p., e combustíveis e lubrificantes, com -1% e impacto de -0,1%.
Quando se trata do comércio varejista ampliado, veículos, motos e peças apresentaram avanço de 14,2%, enquanto material de construção teve um recuo de -5,3%.
Acumulados – Na variação acumulada no ano, Minas Gerais apresentou um avanço de 0,8%. Já no acumulado em doze meses, os números ficaram estáveis.
“O acumulado de 12 meses é um indicador de tendência, e Minas Gerais ficou abaixo do Brasil”, ressalta Isabella. O País, no período, apresentou um incremento de 1,6%.
A gerente de pesquisa do IBGE destaca que, em Minas Gerais, diante desse resultado, é notada uma perda de dinamismo e, essa perda, em geral, está ligada a condições de crédito e ao mercado de trabalho.
No entanto, Isabella frisa que o avanço no resultado mensal, que é um dado mais recente, contribuiu para o resultado acumulado estável, o que pode indicar que Minas Gerais está melhorando.