Ibovespa avança na sessão, mas acumula retração de 2,4% na semana

5 de outubro de 2019 às 0h04

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Crédito: Amanda Perobelli / Reuters

São Paulo – O Ibovespa andou em linha com Wall Street na sexta-feira (4), subindo no final após novos dados econômicos dos Estados Unidos, que aliviaram agentes do mercado. Na semana, porém, o índice recuou mais de 2%, primeira queda em cinco semanas.

O Ibovespa subiu 1,02%, a 102.551,32 pontos. Na semana, o índice recuou 2,4%, de acordo com dados preliminares. O volume financeiro da sessão somou R$ 15,45 bilhões.

No exterior, numa semana marcada por dados econômicos norte-americanos mais fracos, Wall Street teve fortes ganhos, diante do alívio proporcionado pela queda da taxa de desemprego para perto da mínima de 50 anos, em 3,5%, além de dados moderados sobre a criação de vagas nos EUA, o que atenuou as preocupações de que a economia esteja à beira da recessão.

A sessão também foi marcada pelo discurso de Jerome Powell, chairman do Federal Reserve. “Embora nem todos compartilhem totalmente oportunidades econômicas e a economia enfrente alguns riscos, no geral está em uma boa situação. Nosso trabalho é deixá-la assim o máximo possível”, disse Powell.

Para a Elite Investimentos, a alta na sexta-feira reflete expectativas maiores dos mercados sobre cortes de juros nas próximas reuniões do BC norte-americano.

Destaques – Vale ON avançou 2,53%. CSN subiu 1,68%, Gerdau PN e Usiminas PNA ganharam 1,96% e 1,47%, respectivamente.

RD ON saltou 6,22%, atingindo máxima histórica, após a companhia apresentar a analistas e investidor plano de abertura bruta de 240 lojas em 2020.

Gol PN ganhou 1,1%, após divulgar dados de tráfego de setembro, com salto de 15,5% na demanda total por assentos em voos da companhia. No setor, Azul PN fechou em alta de 2,12% em meio a acordo de stopover acertado com o governo do Estado de São Paulo.

BTG Pactual Unit caiu 4,43%, diante do noticiário recente sobre investigações ligadas a vazamento de decisões de juros do Banco Central. Itaú Unibanco PN subiu 0,48% e Bradesco PN ganhou 1,02%.

Petrobras PN recuou 0,86%, apesar da alta dos preços do petróleo no mercado externo. Na véspera, o secretário Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Salim Mattar, disse que a companhia não está no mandato das privatizações.

Câmbio – O dólar fechou em queda pelo terceiro pregão consecutivo nesta sexta-feira, com o real voltando a figurar entre os destaques positivos nos mercados de câmbio em novo dia de dólar amplamente fraco.

No fechamento, o dólar à vista caiu 0,79%, a R$ 4,0569 na venda. É o patamar mais baixo para um encerramento desde 21 de agosto (R$ 4,0314 na venda). Na mínima do dia, a cotação marcou R$ 4,0529 na venda (-0,89%), menor patamar intradia desde 13 de setembro. O dólar futuro negociado na B3 recuava 0,81% no dia, a R$ 4,0600.

No acumulado da semana, o dólar spot recuou 2,39%, maior queda semanal desde a semana encerrada em 1º de fevereiro de 2019 (-2,91%).

A fraqueza recente da moeda norte-americana tem sido causada pela avaliação de que a economia dos Estados Unidos começa a sentir os efeitos nocivos de uma guerra comercial com a China.

A série recente de dados abaixo do esperado acabou reforçando apostas do mercado de que o banco central dos EUA precisará cortar novamente os juros, movimento que melhoraria as condições para emergentes atraírem capital –o que aumentaria a liquidez e ajudaria a baixar o preço do dólar.

Os dados de emprego nos EUA divulgados nesta sexta trouxeram algum alívio sobre os riscos à economia, mas não chegaram a enfraquecer o debate sobre novos cortes de juros nos EUA. (Reuters)

IPO do BMG deve movimentar cerca de R$ 2 bi

São Paulo – O Banco BMG, sediado em Belo Horizonte, anunciou nesta sexta-feira (4) que venderá até 161,9 milhões de papéis preferenciais em sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) com distribuição primária e secundária, em operação que pode movimentar mais de R$ 2 bilhões, de acordo com prospecto preliminar.

A faixa indicativa de preço para o IPO foi definida entre R$ 11,60 e R$ 13,40 por ação. O cronograma da oferta prevê a definição do preço em 24 de outubro. A estreia dos papéis no pregão está prevista para acontecer no dia 28.

A oferta base envolve uma tranche primária de 103.448.277 ações e uma secundária de 16.491.755 ações. A oferta total pode ser acrescida de um lote equivalente a 20% da oferta base (ações adicionais) e outro lote suplementar de 15% da oferta base para serviços de estabilização de preço das ações.

A operação está sendo coordenada por XP Investimentos, Itaú BBA, Credit Suisse, Brasil Plural e BB Investimentos.

PPLA – A PPLA Participations, a unidade de investimentos do grupo BTG Pactual Holding, informou na sexta-feira que o controlador desistiu de oferta pública de aquisição (OPA) para deslistar a companhia da bolsa de valores de São Paulo (B3), argumentando que o novo laudo de avaliação não reflete adequadamente o valor da empresa.

“A segunda avaliadora incorreu…em erros materiais (para além da escolha de premissas que embasaram o referido laudo) que resultaram em uma grave distorção do preço por unit PPLA11 da companhia indicado no novo laudo de avaliação”, disse o fato relevante divulgado pela PPLA citando manifestação da BTG Pactual Holding.

No começo da semana, a PPLA divulgou laudo de avaliação da Urca Capital Partners precificando suas units a R$ 4,31 por papel, valor bem superior à proposta inicial da PPLA no âmbito da OPA, de R$ 1,19 por unit. O novo laudo ocorreu a pedido de acionistas.

Em razão da desistência da OPA, a PPLA vai continuar com o Programa de Certificados de Depósito de Ações – BDR Nível III de sua emissão negociados na B3 e manterá registro de emissor estrangeiro perante a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), bem como na Euronext. (Reuters)

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