Chamada pública para expansão do Gasbol recebe propostas de 15 empresas

18 de janeiro de 2020 às 0h03

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Crédito: Divulgação

Rio – Uma chamada pública que visa à expansão da capacidade de transporte no Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol) recebeu 47 formulários de 15 empresas de diferentes áreas de atuação, em sua etapa preliminar, afirmou na sexta-feira (17) a Transportadora Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG).

A chamada incremental ocorre em paralelo a um processo já em curso que visa contratar capacidade existente de transporte na infraestrutura, liberada devido ao vencimento de um contrato do Gasbol junto à Petrobras no fim de 2019.

A TBG, que é responsável pela operação do gasoduto e tem como principais acionistas Petrobras (51%), BBPP Holdings e a boliviana YPFB, iniciou a chamada pública em 18 de dezembro e concluiu o processo na quarta-feira (15).

Ao todo, houve solicitação de 38,7 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d) em capacidade de entrada e 29,5 milhões de m³/d em capacidade de saída, afirmou a companhia.

Nessa etapa, os carregadores interessados enviaram formulários com solicitações não vinculantes para ampliação de pontos de entrada ou saída no atual Sistema de Transporte ou apresentaram demanda por novos pontos no Gasbol.

As informações recebidas pela TBG serão consideradas em uma chamada pública incremental 2020 do Gasbol que será conduzida pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e está prevista para julho de 2020.

“Houve demanda por novos pontos de entrada para injeção de gás natural em três zonas diferentes e novos pontos de saída para utilização da molécula em quatro zonas distintas do gasoduto de transporte, além de ampliações de pontos já existentes”, disse a TBG, em um comunicado.

Dentre os interessados, há companhias distribuidoras, indústrias, fornecedores de gás, comercializadoras e empreendimentos do setor termelétrico.

A TBG pontuou, no entanto, que o somatório das quantidades enviadas através dos formulários de solicitação de capacidade está sujeito a eventuais duplicidades, ou seja, dois agentes podem ter solicitado, simultaneamente, ampliação ou construção do mesmo ponto.

Adicionalmente, existe a possibilidade de demanda pontual de capacidade que já pode ser atendida pela infraestrutura existente no Gasbol.

“A TBG fará uma análise detalhada através da avaliação/esclarecimento junto a cada um dos agentes, bem como a avaliação conjunta de todas as demandas recebidas, visando a adequar o(s) projeto(s) e otimizar a infraestrutura necessária à prestação do serviço”, disse a companhia.

TAG – A Petrobras informou na sexta-feira que iniciou processo para vender uma fatia remanescente de 10% na Transportadora Associada de Gás (TAG).

A companhia vendeu 90% da empresa de gasodutos à francesa Engie e ao fundo canadense Caisse de Dépôt et Placement du Québec (CDPQ) em transação concluída em junho do ano passado, por cerca de R$ 33,5 bilhões.

Agora, potenciais compradores receberão um memorando com informações detalhadas sobre a TAG e instruções sobre o desinvestimento, na chamada “fase não vinculante” da operação, incluindo orientações para envio de propostas.

A TAG opera infraestrutura de transporte de gás com capacidade de movimentar 74 milhões de m³/dia. A malha de gasodutos da empresa soma cerca de 4.500 km, segundo informações do site da companhia.

A Engie e os canadenses da CDPQ possuem direito de preferência na aquisição, uma vez que já são os acionistas majoritários da TAG.

O presidente da Engie no Brasil, Maurício Bähr, afirmou no início de dezembro que a empresa tem interesse em comprar a participação restante da Petrobras no ativo e deverá exercer o direito de preferência.

A Petrobras, por sua vez, pretende vender “com prêmio” os 10% que ainda detém na companhia de gasodutos, afirmou em dezembro o diretor de relações institucionais da estatal, Roberto Ardenghy.

O anúncio do negócio ocorre em meio a um amplo plano de desinvestimentos da Petrobras, que tem buscado reduzir o endividamento e focar esforços na exploração de petróleo e gás em águas profundas e ultraprofundas. (Reuters)

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