Dívida pública atinge maior nível da história

29 de janeiro de 2020 às 0h02

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Crédito: Marcos Santos/USP Imagens

Rio de Janeiro/Brasília – A dívida pública federal subiu 9,5% em 2019 e chegou a R$ 4,248 trilhões, o maior patamar da série histórica. Os números, divulgados ontem pelo Tesouro Nacional, mostram que houve crescimento de 9,5% sobre 2018 na dívida mobiliária federal interna, que foi a R$ 4,083 trilhões.

Enquanto isso, a dívida externa teve uma expansão de 11,7% na mesma base de comparação, a R$ 165,68 bilhões.

A dívida pública é emitida pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo federal, ou seja, para pagar despesas que ficam acima da arrecadação federal (com impostos, tributos e outros recolhimentos).

O número ficou dentro do planejado pelo governo no começo de 2019. O chamado PAF (Plano Anual de Financiamento) – documento com diretrizes, estratégias e metas para o endividamento público no ano – determinava que o estoque da dívida oscilaria entre R$ 4,1 trilhões e R$ 4,3 trilhões.

Do total da dívida, 18,68% vencem nos próximos 12 meses. O valor representa um aumento em relação ao ano anterior, quando o percentual ficou em 16,32%.

Já o prazo médio de vencimento da dívida está em 3,97 anos, uma queda em relação ao observado em 2018 (4,11 anos).

Participação de estrangeiros – A participação dos investidores estrangeiros na dívida pública interna caiu em termos percentuais, de 11,22% ao fim de 2018 para 10,43% ao fim de 2019. Em valores absolutos, no entanto, o patamar subiu na mesma comparação, de R$ 418,4 bilhões para R$ 425,77 bilhões.

Além dos estrangeiros, outros detentores de títulos públicos são instituições financeiras, fundos de investimento, entidades de previdência, seguradoras e o próprio governo.

Perspectivas para 2020 – Para 2020, a dívida deve alcançar novo patamar recorde. O PAF do ano, divulgado também ontem, orienta que a dívida pública federal varie entre R$ 4,5 trilhões e R$ 4,75 trilhões.

O percentual da dívida a vencer em 12 meses deve ficar entre 20% e 23%. Já o prazo médio da dívida deve variar entre 3,9 e 4,1 anos.

Os indicadores do PAF podem sofrer alterações ao longo do ano e servem como uma referência ao mercado, não gerando uma obrigação legal ao Tesouro de cumprir os números divulgados. (Folhapress)

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