Dólar encerra sessão com alta de 0,22% na véspera de decisão do Copom

5 de fevereiro de 2020 às 0h04

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Crédito: Guadalupe Pardo/Reuters

São Paulo – O dólar não sustentou a queda do início do dia e fechou em alta contra o real ontem, com investidores ajustando posições na véspera de o Banco Central do Brasil provavelmente cortar de novo os juros, o que prejudicaria a atratividade da moeda brasileira como moeda de investimento.

O dólar à vista encerrou com avanço de 0,22%, a R$ 4,2583 na venda. Mais cedo, a cotação chegou a marcar R$ 4,2242 na venda, em baixa de 0,58% no dia. Na B3, o dólar futuro tinha alta de 0,18%, a R$ 4,2610.

O ensaio de queda do dólar durou pouco mais de uma hora após a abertura, e já por volta de 10h15 a moeda começou a ganhar força de forma consistente até alcançar as máximas do pregão perto do fim da sessão.

Ao mesmo tempo, os juros futuros se mantiveram em baixa durante todo o dia, após dados fracos de produção industrial abrirem espaço para mais apostas de corte de juros hoje. Pesquisa Reuters divulgada recentemente mostrou que economistas projetam corte de 0,25 ponto percentual, para nova mínima recorde de 4,25%.

O UBS estima que o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) não apenas reduzirá a Selic em 0,25 ponto percentual nesta semana como também na reunião de março.

Os sucessivos cortes nos juros que ocorrem há vários meses reduziram a diferença entre as taxas pagas pelos títulos brasileiros e os papéis norte-americanos – considerados os mais seguros do mundo. Assim, o investidor estrangeiro tem tido menos estímulo para aplicar na renda fixa brasileira, o que tem prejudicado o fluxo cambial e jogado contra melhora na oferta de dólar no País.

Apesar disso, o UBS ainda projeta queda do dólar até o fim do ano para R$ 4,00, baseada em expectativa de recuperação econômica, de aprovação de mais reformas e em ajuste à expectativa de elevação do juro em 2021.

A última vez que o dólar ficou perto de R$ 4,00 foi em 30 de dezembro de 2019, quando fechou a última sessão do ano passado em R$ 4,0129. Desde então, a moeda acumula alta de 6,1%.

B3 – O Ibovespa teve a segunda alta seguida ontem, endossado pelo clima favorável em bolsas no exterior, com dúvidas ligadas ao surto de coronavírus ainda presentes, mas medidas de liquidez do banco central chinês trazendo alívio.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,81%, a 115.556,71 pontos, tendo superado 116 mil pontos no melhor momento da sessão. O volume financeiro do pregão somou R$ 23,1 bilhões. (Reuters)

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